Governador Cláudio Castro defendeu no STF a Operação Contenção, que deixou mais de 120 mortos em ações contra o Comando Vermelho no Rio.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu nesta segunda-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) a realização da Operação Contenção, deflagrada na semana passada para cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). A ação resultou em mais de 120 mortos e motivou um pedido de esclarecimentos do ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas.
A manifestação de Castro foi enviada ao Supremo após Moraes solicitar informações detalhadas sobre a operação. Na manhã desta segunda-feira, os dois se reuniram no Rio de Janeiro para tratar do assunto.
Em documento encaminhado ao STF, o governador afirmou que os confrontos entre policiais e criminosos foram concentrados em áreas de mata, com o objetivo de evitar tiroteios próximos a regiões habitadas e garantir a segurança dos moradores.
Castro também declarou que a intervenção policial foi necessária diante das barricadas erguidas por criminosos em locais próximos a escolas e postos de saúde, o que, segundo ele, representava risco direto à população.
“A atuação estatal, diante de organizações criminosas de perfil narcoterrorista, constituiu exercício legítimo do poder-dever de proteção da sociedade, concretizando o princípio da legalidade e reafirmando o compromisso das forças de segurança pública com a legalidade, a transparência e a proteção dos direitos humanos, em estrita observância ao Estado Democrático de Direito e à defesa da vida”, afirmou o governador no documento.
A Operação Contenção foi deflagrada para desarticular o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país. A ação, que deixou mais de 120 mortos, provocou ampla repercussão política e jurídica, levando o STF a solicitar explicações sobre sua execução e proporcionalidade.
O caso é analisado dentro do âmbito da ADPF das Favelas, processo que estabelece regras e limites para operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro, com foco na preservação de vidas e direitos humanos.





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