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25.10.25

Reabertura de inquérito contra Valdemar gera tensão no PL

Investigação sobre Valdemar Costa Neto preocupa aliados de Bolsonaro e pode atrapalhar articulações do PL para as eleições de 2026.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestam preocupação com a reabertura do inquérito contra o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, por suposta participação na trama golpista. Para eles, a investigação pode dificultar articulações políticas do partido para as eleições de 2026.

A decisão de retomar a apuração foi tomada pela Primeira Turma do STF, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Entre as consequências práticas, aliados apontam dificuldade de interlocução com Bolsonaro, que está proibido de receber visitas, exceto nas exceções autorizadas pelo ministro.

Restrições afetam a coordenação política do PL

O ex-presidente já havia negado encontros com Valdemar, citando a proibição de manter contato com investigados do caso da trama golpista.
No passado, uma situação semelhante já dificultou a articulação do partido, gerando ruídos e impactando eleições municipais, como em Curitiba, onde Bolsonaro e o PL divergiram publicamente.

Atualmente, com Bolsonaro em prisão domiciliar, o diálogo com Valdemar tende a ser ainda mais prejudicado, já que muitas decisões estratégicas dependem da coordenação entre os dois. Enquanto isso, Valdemar tem intensificado viagens pelo país, função que antes era majoritariamente de Bolsonaro.

Reações de parlamentares bolsonaristas

Diversos parlamentares do PL saíram em defesa de Valdemar.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a investigação como uma tentativa de “cassação do registro do PL” e ironizou o processo como um “gol de mão” da Primeira Turma do STF.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), reafirmou o apoio total a Valdemar, ressaltando que ele agiu dentro da legalidade e com respeito às instituições. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) declarou que questionar as urnas em busca de aprimoramento do processo eleitoral se tornou crime.

Motivos da reabertura do inquérito

A decisão da Primeira Turma do STF foi tomada pela maioria dos ministros, vencendo a posição do ministro Luiz Fux. A reabertura tem relação com o caso de Carlos Cesar Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL em 2022 para produzir um relatório contra urnas eletrônicas.

Rocha foi condenado a sete anos e seis meses por crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. Baseado nesse relatório, o PL tentou anular votos de quase metade das urnas, ação que foi rejeitada pelo TSE, com multa de quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé.

Além disso, o STF publicou o acórdão que condenou Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, aumentando a pressão sobre o bolsonarismo. Com a formalização do julgamento, passam a contar os prazos para recursos, que, segundo ministros, podem se esgotar ainda em 2025, definindo eventual cumprimento de penas em regime fechado.

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