Jorge Aragão afirma que não vai parar de cantar, mas pretende diminuir a agenda de shows para focar em composições.
O cantor e compositor Jorge Aragão afirmou, no último domingo (15), durante o festival Psica, em Belém, que não pretende se aposentar dos palcos, mas confirmou que vai reduzir o número de shows para se dedicar mais a gravações e composições.
A declaração foi feita no camarim do evento, onde o sambista explicou que as falas anteriores sobre diminuir o ritmo de apresentações, feitas na Festa Literária das Periferias (Flup), no Rio de Janeiro, repercutiram como um anúncio de aposentadoria gradual. Segundo ele, a interpretação não reflete sua real intenção.
Aragão disse que atualmente mantém uma agenda intensa, com apresentações todas as sextas, sábados e domingos, além de compromissos durante a semana, o que o levou a repensar o volume de shows. Aos 76 anos, o cantor afirmou que a decisão está ligada à necessidade de diminuir o ritmo, e não de encerrar a carreira.
O sambista destacou que pretende focar mais em novos projetos musicais, incluindo gravações e composições. Entre os trabalhos citados, mencionou uma regravação de uma música do grupo Los Hermanos, que mistura elementos do samba com o estilo da banda.
No Psica, realizado no estádio Mangueirão, Jorge Aragão foi uma das principais atrações do domingo, que também contou com nomes como Mano Brown, BK, Dona Onete, Fruto Sensual e a aparelhagem Crocodilo. Durante o show, ele conduziu um grande coro coletivo ao interpretar sambas antigos para uma plateia emocionada.
Com vocal grave e firme, o artista dedicou a música “Vou Festejar”, composição sua que se tornou sucesso nacional na voz de Beth Carvalho, aos torcedores do Flamengo, clube pelo qual declarou torcida.
Ainda nos bastidores, Jorge Aragão comentou a recepção calorosa do público paraense, mesmo em um dia do festival marcado por gêneros musicais diferentes do samba. Integrante da primeira formação do Fundo de Quintal, o cantor afirmou que se surpreende ao ver músicas compostas há cerca de 50 anos sendo consumidas por novas gerações.
Segundo ele, a permanência de sua obra ao longo do tempo reflete o carinho e o respeito do público e de artistas mais jovens, com quem divide o palco atualmente, mantendo viva sua trajetória na música brasileira.





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