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27.11.25

CBF lança Sistema de Sustentabilidade Financeira para 2026

CBF apresenta novo Sistema de Sustentabilidade Financeira, que limita dívidas e gastos dos clubes a partir de 2026, com fiscalização independente.

A CBF anunciou, nesta quarta-feira, durante o Summit CBF Academy em São Paulo, o Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), modelo de fair play financeiro que será implantado gradualmente a partir de 2026 para controlar dívidas, gastos com elenco e garantir equilíbrio operacional nos clubes brasileiros.

 

O sistema será fiscalizado três vezes ao ano — em 31 de março, 31 de julho e 31 de novembro — pela Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF), órgão independente formado por especialistas das áreas financeira e jurídica: Caio Cordeiro de Resende, Cesar Grafietti, Marcelo Doval Mendes, Pedro Henrique Martins de Araújo Filho, Vantuil Gonçalves Júnior, Igor Mauler Santiago e José Fausto Moreira Filho.

 

Durante o anúncio, o presidente da CBF, Samir Xaud, destacou que o modelo foi construído de forma colaborativa e inspirado em práticas internacionais, com adaptações para a realidade brasileira. Segundo ele, o objetivo é criar um ambiente mais responsável, reduzir dívidas e assegurar condições mais justas de competição, além de garantir o pagamento em dia de salários e fortalecer a confiança de torcedores e atletas.

 

O SSF se baseia em quatro pilares: controle de dívidas em atraso, equilíbrio operacional, controle de custos com elenco e limite de endividamento de curto prazo. Esses pontos fazem parte de sistemas semelhantes adotados por grandes ligas europeias, como Inglaterra, França, Espanha e UEFA, embora o formato brasileiro não imponha limites para aportes de capital, considerando o crescimento de investidores estrangeiros e SAFs no país.

 

O diretor da CBF Academy, Caio Resende, reforçou que a flexibilidade para aportes, desde que transparente, evita entraves ao desenvolvimento dos clubes e ressaltou a importância da ANRESF para dar credibilidade técnica e independente ao processo.

 

As regras estabelecem que dívidas anteriores a 2026 devem ser regularizadas até 30 de novembro daquele ano. Débitos posteriores a 1º de janeiro de 2026 passam a seguir o novo modelo, permitindo que jogadores e equipes denunciem atrasos ao órgão regulador. Em relação ao equilíbrio operacional, todos os clubes terão de fechar o ano com superávit, com avaliações trimestrais baseadas nos três últimos exercícios. Os déficits máximos serão de R$ 30 milhões ou 2,5% das receitas para clubes da Série A e R$ 10 milhões ou 2,5% para os da Série B, sem que aportes de capital entrem nesse cálculo. Investimentos em base, futebol feminino, infraestrutura, projetos sociais e esportes olímpicos também ficam fora da conta.

 

O controle de custos do elenco estabelece que os gastos devem ser iguais ou inferiores a 70% da soma de receitas, transferências e aportes. Em 2028, o limite sobe para 80% nas Séries A e B, e, a partir de 2029, passa a ser de 70% para a Série A e 80% para a Série B. Já o endividamento de curto prazo deve ser igual ou inferior a 45% das receitas relevantes, com implantação gradual: 60% em 2028, 50% em 2029 e 45% em 2030. Antes da vigência plena, prevista para 2028, violações resultarão apenas em advertências.

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