Secretaria de Saúde de Marília apura morte de bebê e investiga 40 casos suspeitos de sarampo. Vacinação no município está abaixo da meta de 95%.
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília, no interior de São Paulo, investiga a morte de uma bebê de cerca de um ano, identificada pelas iniciais I.B.N., por suspeita de sarampo. A hipótese de arboviroses ou meningite como causa do óbito também não está descartada.
De acordo com a Prefeitura, o município investiga 40 casos suspeitos de sarampo. Em nota, a administração informou que todas as unidades de saúde estão abastecidas e prontas para atender a população.
A cobertura vacinal atual em Marília é de 86,7% para a primeira dose (tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola) e 73,48% para a segunda dose (tetraviral, que inclui varicela). A meta é de 95%.
Escola suspende aulas preventivamente
A Secretaria da Educação de Marília suspendeu as aulas da sala onde o bebê estudava nesta segunda-feira (6), como medida preventiva. As atividades devem retornar nesta terça-feira (7), enquanto o restante da escola segue funcionando normalmente.
Estado acompanha o caso
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo acompanha as investigações. Segundo a pasta, até abril de 2025, a cobertura vacinal da tríplice viral para crianças de até 1 ano atingiu 95,22% na primeira dose e 80,22% na segunda.
O estado de São Paulo registrou o primeiro e único caso de sarampo de 2025 em abril, em um homem de 31 anos, morador da capital, que não precisou ser internado.
Situação do sarampo no Brasil
Em novembro de 2024, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recertificou o Brasil como livre da circulação dos vírus de sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita. O país havia perdido a certificação em 2018, após surtos e reintrodução do vírus, registrando 39.779 casos no período.
Em 2025, o Brasil contabiliza 29 casos confirmados de sarampo, sendo 23 em Tocantins.
Vacinação é a principal forma de prevenção
O Ministério da Saúde recomenda duas doses da vacina: a primeira aos 12 meses (tríplice viral) e a segunda aos 15 meses (tetraviral). A meta nacional é vacinar pelo menos 95% da população.
Pessoas de 1 a 29 anos devem ter duas doses da tríplice viral.
Adultos de 30 a 59 anos precisam de pelo menos uma dose.
Profissionais de saúde devem comprovar duas doses, independentemente da idade.
Em surtos, crianças de 6 a 11 meses podem receber a dose zero.
Em São Paulo, a vacinação está disponível nas UBSs de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, nas unidades de Assistência Médica Ambulatorial integradas às UBSs, no mesmo horário.
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