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10.10.25

Israel aprova acordo com Hamas e encerra guerra em Gaza

Governo de Israel aprova acordo com o Hamas para encerrar a guerra em Gaza após dois anos de conflito; cessar-fogo começa imediatamente.

governo de Israel aprovou, nesta quinta-feira (9), o acordo de cessar-fogo com o grupo Hamas, encerrando oficialmente a guerra na Faixa de Gaza após dois anos e dois dias de conflito. A decisão foi tomada em Assembleia do Gabinete, em Jerusalém, e marca o início imediato da retirada parcial das tropas israelenses do território.

 

O anúncio ocorreu poucas horas depois de o Hamas declarar ter recebido garantias dos Estados Unidos e dos mediadores Turquia, Qatar e Egito de que o conflito havia terminado.

 

Durante a reunião, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que Israel está “prestes a conseguir o retorno dos reféns ainda em poder do Hamas”. “Lutamos por dois anos para atingir nossos objetivos de guerra. Um deles era a volta dos reféns, todos eles, vivos e mortos — e estamos prestes a atingir esse objetivo”, disse o premiê, ao lado dos enviados do presidente americano Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner.

 


Cessar-fogo imediato e prazos definidos

Com a aprovação do gabinete, o cessar-fogo entrou em vigor e o Exército israelense tem até 24 horas para iniciar o primeiro recuo das tropas. Após a retirada, o Hamas terá 72 horas para libertar todos os reféns israelenses mantidos em Gaza. Segundo Trump, os primeiros devem chegar a Israel até sábado.

 

Não há confirmação se os corpos dos reféns mortos serão devolvidos no mesmo período. Durante o prazo, o Hamas e o governo israelense também deverão negociar a lista de prisioneiros palestinos que serão libertados — o grupo exige a liberação de todas as mulheres e crianças detidas por Israel.

 

Exército israelense informou que iniciou as “preparações operacionais” para o cumprimento da primeira fase do acordo. As tropas devem recuar para uma linha intermediária, mantendo o controle de 53% do território de Gaza — atualmente, as forças israelenses ocupam mais de 70%.

 


Força internacional e controle de fronteiras

Um recuo mais amplo dependerá da criação de uma força internacional transitória de estabilização do território palestino. Autoridades americanas informaram que o governo Trump enviará 200 soldados a Israel para apoiar o processo, mas sem entrar em Gaza.

 

Mesmo após todas as fases do acordo, Israel manterá uma zona-tampão ao redor de Gaza e o controle da fronteira sul, no corredor Filadélfia, entre o Egito e o território palestino. O plano prevê a entrada de ajuda humanitária sem interferências — cerca de 150 caminhões com suprimentos devem acessar Gaza assim que as tropas israelenses se retirarem.

 


Desarmamento do Hamas e riscos ao acordo

Um dos pontos mais delicados das negociações é o desarmamento do Hamas, exigência de Israel para consolidar a paz. O grupo, no entanto, recusa-se a entregar suas armas, enquanto Trump defende que o processo de desmilitarização ocorrerá em etapas futuras.

 

Especialistas israelenses avaliam que as partes poderão ter de aceitar concessões mútuas, com recuo parcial das tropas israelenses e redução gradual do arsenal do Hamas, além da possibilidade de o grupo manter alguma influência política no governo local.

 


Pressão política sobre Netanyahu

O acordo encerra um conflito que deixou mais de 67 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas. Em Israel, 1.200 pessoas foram mortas no ataque inicial do grupo palestino, que deu início à guerra.

 

O premiê Netanyahu enfrenta forte pressão interna e externa. Críticos o acusam de estender o conflito por interesses políticos, ignorando apelos por um acordo. Durante a guerra, familiares de reféns e opositores se mobilizaram em manifestações na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, cobrando o fim dos combates e a libertação dos sequestrados.

 

Nesta quinta, após o anúncio, a praça foi palco de comemorações e homenagens a Trump, autor do plano de paz. O presidente americano, que agora campanha pelo Prêmio Nobel da Paz, foi elogiado publicamente por Netanyahu. Segundo o gabinete israelense, os dois líderes conversaram por telefone e celebraram o “acordo histórico”.

“Todos os objetivos do primeiro-ministro foram atingidos”, afirmou a porta-voz Shosh Bedrosian, citando o retorno dos reféns, a derrota do Hamas e a garantia de segurança permanente para Israel.

 

término da guerra, porém, representa também um novo desafio político para Netanyahu, que enfrenta resistência da ala ultranacionalista de seu governo. Ministros como Bezalel Smotrich (Finanças) e Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional) já haviam se posicionado contra o acordo e ameaçam romper a coalizão caso o Hamas não seja completamente desmantelado.

 

Com o fim do conflito, Netanyahu tenta consolidar sua imagem de líder vitorioso — mas, segundo analistas, a manutenção do poder dependerá de como o premiê conduzirá as próximas etapas do delicado processo de paz em Gaza.

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