Ministério da Saúde confirma 47 casos e nove mortes por intoxicação por metanol; 57 casos seguem em investigação no país.
O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (20), que o número de casos confirmados de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas chegou a 47 em todo o país. Outros 57 casos seguem em investigação, enquanto 578 notificações foram descartadas. O total de mortes subiu para nove, sendo seis em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná, confirmada nesta segunda.
Segundo o boletim da pasta, os dados indicam uma desaceleração no número de confirmações. Na última sexta-feira (17), havia 46 registros confirmados.
O estado de São Paulo continua liderando as notificações, com 38 casos confirmados, 19 em investigação e 408 descartados. Pernambuco (3), Paraná (5) e Rio Grande do Sul (1) também registraram ocorrências.
As informações são compiladas pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional), que considera um caso confirmado quando há detecção de metanol em exames laboratoriais.
Tratamento e medidas adotadas:
Para enfrentar o aumento de casos, o Brasil recebeu um lote de 2.500 ampolas de fomepizol, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. O medicamento, que não estava disponível no país, foi adquirido emergencialmente pelo Ministério da Saúde.
O órgão também informou que o SUS está abastecido com etanol farmacêutico, substância usada no tratamento para bloquear a transformação do metanol em ácido fórmico — composto responsável pelos danos ao organismo. Embora eficaz, o etanol provoca embriaguez como efeito colateral, diferentemente do fomepizol, que atua de forma semelhante, mas com menor risco de reações adversas.
Recomendações das autoridades:
As autoridades de saúde reforçam que a população deve evitar o consumo de bebidas destiladas sem procedência conhecida.
Em casos de sintomas após ingestão de álcool — como dores abdominais intensas, tontura e confusão mental —, é essencial buscar atendimento médico imediato, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica.
O socorro nas primeiras seis horas após o início dos sintomas é considerado fundamental para evitar o agravamento do quadro e reduzir o risco de morte.





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