Ex-presidente Jair Bolsonaro pode apoiar Tarcísio à Presidência em 2026, mas impõe Michelle como vice e foco na união de partidos de centro e direita.
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que o ex-presidente pode apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida presidencial de 2026, desde que Michelle Bolsonaro figure como vice e que o governador de São Paulo consiga unir partidos de centro e direita. A decisão ainda enfrenta obstáculos internos e incertezas sobre a disposição de Tarcísio.
Desenvolvimento:
Um dos desafios é que Michelle Bolsonaro tem sido cotada para disputar uma vaga ao Senado no Distrito Federal, e sua presença como vice não agrada à maioria dos partidos que Bolsonaro deseja ao redor de Tarcísio. Políticos do centrão defendem a candidatura de Tarcísio com apoio do ex-presidente, mas preferem evitar familiares de Bolsonaro na chapa para reduzir a rejeição associada ao sobrenome.
O presidente do PP, Ciro Nogueira, é um dos cotados para vice em uma eventual candidatura de Tarcísio, embora cresça a especulação sobre o nome da ex-ministra e senadora Tereza Cristina (PP-MS).
Além da disputa interna, há dúvidas sobre a própria candidatura de Tarcísio. Próximos ao governador afirmam que fatores como a oposição de Eduardo Bolsonaro à candidatura e a atuação de Lula diante do tarifaço de Trump o desanimam, levando-o a considerar a reeleição em São Paulo como prioridade.
Após encontro com Bolsonaro, Tarcísio indicou que deve disputar a reeleição ao governo de São Paulo, discutindo também candidaturas ao Senado no estado. Políticos avaliam que a postura pode ser uma estratégia para reduzir a exposição de Tarcísio diante do clima político atual.
Contexto político e popularidade:
O presidente Lula tem conseguido elevar sua aprovação, que subiu para 33%, aproximando-se da reprovação, de 38%, segundo pesquisa Datafolha. Em fevereiro, a aprovação era de 24%, com rejeição de 41%.
Além disso, Lula avançou em sua agenda eleitoral no Congresso. Na quarta-feira, a Câmara aprovou isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, com votos até do PL de Bolsonaro, consolidando uma medida considerada estratégica para a campanha do próximo ano.
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