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4.11.19

Trombose venosa profunda: quais os sintomas e tratamentos?

Recentemente Bruno Covas, 39 anos, prefeito de São Paulo, e Túlio Gadelha, 31 anos, advogado, deputado federal e namorado da apresentadora Fátima Bernardes, foram hospitalizado por causa de uma trombose venosa. As pessoas começaram a se questionar como esse problema pode acometer pessoas tão jovens.
Segundo estimativas recentes da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a cada ano cerca de 180 mil pessoas no Brasil desenvolvem trombose venosa profunda. Os coágulos mais comuns estão nas veias das pernas, onde podem causar dor, inchaço e vermelhidão. A TVP é mais frequente após os 40 anos, e cerca de um terço dos casos é seguido de embolia pulmonar, que mata mais de 20% dos pacientes afetados.
“Os sintomas podem ser vagos, como dor ou falta de ar. Se o médico não tiver uma suspeita, pode deixar muitos casos passar”, afirma o Dr. Bengt Zöller, professor de medicina interna da Universidade de Lund, na Suécia. Um estudo dinamarquês de 2010 revelou que muitos jovens adultos relataram sintomas de embolia pulmonar dias antes da morte. Porém os relatos não foram relacionados à trombose venosa devido a um erro de interpretação. “Como a TVP e a embolia pulmonar podem ser difíceis de reconhecer, é preciso enfatizar a prevenção”, afirma o Dr. Nigel Key, professor de medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.

O problema pode evoluir

Tina Theobald, 42 anos, à semelhança de Túlio, começou a sentir espasmos musculares que não melhoravam. Ela havia começado a correr recentemente, e não deu importância à panturrilha dolorida. Aplicou gelo e partiu numa curta viagem ao México, enquanto a perna inchava. Na volta, numa consulta médica, recebeu o diagnóstico – pelo qual foi hospitalizada de imediato – de um grande coágulo na perna. Dois dias depois, Tina sentiu falta de ar e uma dor excruciante no peito. Uma porção do coágulo se soltara e estava bloqueando a irrigação sanguínea de parte do pulmão, um problema chamado embolia pulmonar, que pode ser fatal. Tina estava descobrindo que havia desenvolvido a Trombose Venosa Profunda (TVP), conhecida popularmente apenas por trombose.
Tina sempre pensara que coágulos afetavam idosos – e de fato o risco é muito maior entre eles. Porém, eles também atingem pessoas jovens e de meia-idade. Há fatores incluindo certas medicações, gravidez, longos períodos sem atividade, traumas ou até mesmo cirurgias. Como viagens de avião também costumam ser fatores de risco, entenda como evitar a trombose venosa durante viagens de avião.
As medidas a seguir podem ajudar você a evitar coágulos potencialmente fatais:

1. Revise seus remédios

Toda medicação contendo estrogênio (assim como anéis vaginais e anticoncepcionais mais recentes contendo drospirenona) pode aumentar o risco de coágulos (assim como a gravidez, com o risco normalizando cerca de 12 semanas após o parto). Alguns meses antes de sofrer a TVP, Tina começara a tomar pílulas anticoncepcionais. 
Se a mulher estiver preocupada quanto ao risco de coágulos, o médico pode recomendar contraceptivos não hormonais, como métodos de barreira ou um DIU de cobre. O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas insiste em que os médicos cogitem prescrever adesivos em vez de pílulas para mulheres que fazem terapia de reposição hormonal após a menopausa. A pílula aumenta em até cinco vezes o risco de TVP em comparação a não tomar hormônios, mas a administração cutânea não parece afetar o risco de coágulo. Em junho de 2014, a FDA, a agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA, anunciou que os produtos à base de testosterona devem exibir um aviso de que aumentam o risco de TVP. A prednisona e outros esteroides, especialmente em dosagens altas, também elevam esse risco, em homens e mulheres.

2. Conheça seu histórico familiar

Segundo constatou uma pesquisa sueca, ter dois ou mais irmãos com TVP aumenta seu risco em 50 vezes em comparação a alguém que não tenha irmãos com a doença. “Se você tiver um histórico familiar expressivo, seu médico pode pensar duas vezes antes de lhe prescrever hormônios ou anticoagulantes por mais tempo após uma cirurgia”, diz o Dr. Zöller.

3. Perca peso

A obesidade pode mais que dobrar o risco de TVP, sobretudo em mulheres com mais de 1,67 metro e homens com mais de 1,82 metro. “Pessoas altas precisam bombear o sangue mais longe contra a gravidade, o que pode reduzir o fluxo nas pernas e aumentar o risco de coágulos”, explica Sigrid Brækkan, pesquisadora na Universidade de Tromsø, na Noruega. Tina, que tem 1,70 metro, esteve perto de seu pisco de peso, com 86 kg, quando teve o coágulo.

4. Mexa-se com frequência

Ande e faça exercícios com a panturrilha, como levantar e abaixar os calcanhares. Esse movimento pressiona as veias e bombeia o sangue para cima, o que ajuda a evitar a trombose venosa. A imobilidade é o motivo de viagens longas serem um risco. Os médicos recomendam que você se levante aproximadamente a cada hora e movimente os tornozelos quando sentado. Se seu risco for alto, pergunte sobre o uso de meias de compressão ou anticoagulantes preventivos.

5. A trombose venosa pode ser evitada com peixe

Um estudo sueco de 2014 fez uma descoberta importante: o óleo de peixe pode ajudar a combater a trombose venosa. Na pesquisa, foi descoberto que pessoas que tomavam cápsulas de óleo de peixe ou comiam peixe tinham chance 48% menor de desenvolver a doença.

6. Fique atento no hospital

Do total de TVPs, 60% ocorrem em pessoas que foram hospitalizadas recentemente, seja por cirurgia, trauma ou doença. Certifique-se de que os médicos conhecem sua medicação e seus riscos de trombose venosa, como por exemplo um histórico familiar significativo. Você deve ser incentivado a se movimentar, e pode precisar de meias de compressão ou anticoagulantes. Além disso, não apenas siga as orientações médicas antes, como também depois da alta. Doses de anticoagulantes não tomadas podem ser um perigo, já que deixar de tomá-las pode causar muitos coágulos.
Tina, por exemplo, é disciplinada com os remédios por saber que as TVPs podem voltar ainda piores. Cinco meses após a internação inicial de 13 dias, os médicos suspenderam o anticoagulante varfarina. Entretanto um novo coágulo se formou meses depois, fazendo sua perna inchar até ficar quase da largura da cintura. Os 10 dias que ela passou no hospital trouxeram como resultado novas torturas, incluindo injeções de anticoagulantes na coxa afetada.
Agora ela deve tomar anticoagulantes – ou qualquer tratamento mais fácil que apareça – pelo resto da vida. Além disso, usa meias de compressão quando se senta para trabalhar em uma empresa de programação na Flórida. Nas horas vagas, ela se mantém em movimento: está orgulhosa, porque acabou de completar seu quinto triatlo.
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