Jair Bolsonaro foi submetido a cirurgia de hérnia inguinal bilateral no DF Star. Procedimento ocorreu sem intercorrências.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25), no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento começou por volta das 9h40 e foi concluído cerca de três horas depois, sem intercorrências, segundo informou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro havia sido internado na véspera do Natal para a realização de exames pré-operatórios, que confirmaram que ele estava apto a ser submetido à cirurgia. A hérnia inguinal é uma condição em que um tecido do abdômen provoca uma protuberância na região da virilha.
O ex-presidente cumpre pena de prisão por tentativa de golpe de Estado e precisou de autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para deixar temporariamente a Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde novembro, e realizar o procedimento médico.
Na manhã desta quinta-feira, apoiadores estiveram em frente ao hospital e realizaram orações, levando uma bandeira do Brasil. Policiais militares também acompanharam a movimentação do lado de fora da unidade de saúde.
Após a cirurgia, Bolsonaro deverá permanecer entre uma hora e meia e duas horas em recuperação da anestesia geral. A previsão é de internação entre cinco e sete dias para acompanhamento médico.
De acordo com boletim médico divulgado no dia 24, o ex-presidente foi admitido para a realização da herniorrafia inguinal bilateral após exames pré-operatórios, incluindo avaliação cardiológica e de risco cirúrgico, que o consideraram apto ao procedimento.
O cirurgião Claudio Birolini informou que a equipe optou por um método tradicional de correção da hérnia, em vez de um procedimento laparoscópico, devido ao histórico de cirurgias já realizadas por Bolsonaro. O ex-presidente passa por procedimentos médicos frequentes em razão da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, incluindo uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal realizada em abril deste ano.
Segundo Birolini, nos próximos dias será avaliada a necessidade de uma intervenção não cirúrgica para conter as crises de soluços que afetam Bolsonaro. O médico explicou que está prevista a possibilidade de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento considerado relativamente seguro, mas que não é padrão para esse tipo de tratamento.
Outro integrante da equipe médica, o cardiologista Brasil Ramos Caiado, afirmou que Bolsonaro apresenta um quadro de ansiedade e depressão, o que estaria relacionado às crises recorrentes de soluços que prejudicam seu sono.
Alexandre de Moraes autorizou que o ex-presidente receba visitas de Michelle Bolsonaro e dos filhos Flávio, Carlos, Jair Renan e Laura durante a internação, mas proibiu o uso de celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos. Eduardo Bolsonaro não consta na autorização, pois está nos Estados Unidos desde o início do ano.
A Polícia Federal ficará responsável pela vigilância e segurança de Bolsonaro durante todo o período de internação, mantendo ao menos dois policiais federais posicionados na porta do quarto hospitalar, além de equipes nas áreas internas e externas do hospital.
A autorização para a cirurgia foi concedida após perícia médica da Polícia Federal indicar a necessidade de realização rápida do procedimento eletivo. Na mesma decisão, Moraes negou o pedido de prisão domiciliar, afirmando que o local onde Bolsonaro está custodiado fica em absoluta proximidade com o hospital particular, não prejudicando eventual necessidade de atendimento emergencial.





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