Rússia bombardeia regiões da Ucrânia, com feridos e destruição. Trump planeja encontro entre Putin e Zelensky para tentar avançar na paz.
A Rússia intensificou os ataques contra a Ucrânia nesta sexta-feira (22), com bombardeios em Zaporíjia, Kherson e Donetsk, que deixaram feridos e danos em residências e infraestruturas. Ao mesmo tempo, cresce a expectativa sobre uma possível mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
De acordo com a administração militar de Zaporíjia, tropas russas bombardearam 17 localidades da região, causando a destruição de 37 apartamentos, casas, prédios agrícolas e outras estruturas. Apesar da anexação declarada por Moscou em 2022, a região segue parcialmente fora do controle russo.
Na região de Kherson, ataques deixaram 16 civis feridos e danificaram 11 casas, além de atingirem bairros residenciais e infraestruturas críticas. Em Donetsk, três pessoas ficaram feridas em ataques noturnos com drones em Konotip e Kramatorsk. Já em Kiev, um alerta aéreo foi emitido por risco de drones, mas suspenso após pouco mais de 30 minutos.
Do lado russo, o Ministério da Defesa informou ter derrubado quatro bombas guiadas e 160 drones, além de anunciar o controle das localidades de Kleban-Byk e Sredneye, em Donetsk, nas últimas 24 horas.
Diplomacia e contexto:
Nos últimos meses, Moscou tem ampliado operações no leste ucraniano, enquanto esforços diplomáticos tentam avançar em uma solução. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que prepara um encontro entre Putin e Zelensky, mas ressaltou que só terá clareza sobre as chances de paz “nas próximas duas semanas”.
A Rússia reivindica como parte de seu território Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson — além da Crimeia, anexada em 2014. A Ucrânia e a maior parte da comunidade internacional não reconhecem as anexações. Atualmente, Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou que não abrirá mão de nenhum território reconhecido internacionalmente desde a independência em 1991. “A nossa bandeira é o objetivo e o sonho de muitos compatriotas nos territórios temporariamente ocupados. Eles a protegem porque sabem que não entregaremos nossa terra ao ocupante”, afirmou.
A guerra, iniciada em fevereiro de 2022, já deixou dezenas de milhares de mortos entre civis e militares, embora os números exatos permaneçam desconhecidos.
Por Redação
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