Considerado "obsceno", Nazar Mohammad é visto sendo levado de sua província em Kandahar, fazendo piadas sobre o Talibã mesmo sob agressões e a mira de um AK-47.
Um vídeo mostra o momento em que Nazar Mohammad, um comediante e influencer afegão, é levado por membros do Talibã sob a mira de um fuzil AK-47. Com vídeos no TikTok em que ridicularizava o movimento fundamentalista, Nazar era considerado "obsceno", a ponto de ser alvo de perseguição e, consequentemente, ser capturado pelos talibãs.
No vídeo, mesmo sendo agredido com tapas e estar ao lado de um homem armado, ele continua fazendo seu humor, mesmo em um momento em que sua morte já era certa.
O humorista Nazar Mohammad comhecido no TikTok como Khasha Zwan (Foto: reprodução Twitter)
Nazar foi levado de sua casa, na província de Kandahar, e levado para a execução, realizada por um pelotão de fuzilamento. O vídeo, produzido no final de julho, mostra o afegão, mais conhecido como Khasha Zwan, na traseira de um carro com um insurgente de cada lado dele. De acordo com a Human Rights Watch, Zwan foi morto pelo Taleban no final de julho em Kandahar, depois que a cidade caiu nas mãos dos jihadistas.
O humorista Nazar Mohammad comhecido no TikTok como Khasha Zwan (Foto: reprodução Twitter)
Ele era conhecido por seus vídeos que zombavam do Talibã por meio de música e dança, incluindo alguns que acabaram viralizando no TikTok. No vídeo em que são mostrados seus momentos finais, Mohammad continua fazendo piadas sobre o grupo após sua captura, fazendo com que o talibã à sua direita lhe desse um tapa no rosto. O outro homem ao seu lado chega até a rir, mas o riso é substituido rapidamente pela ameaça de uma arma.
Segundo relatos, fotos mostravam Nahar apoiado contra uma árvore baleado várias vezes e depois deitado no chão com a garganta cortada. O Talibã inicialmente negou envolvimento na morte do comediante antes de admitir a responsabilidade - e confirmar que os dois homens no carro faziam parte do movimento. O grupo disse que os suspeitos foram presos e serão julgados em um tribunal, o que - teoricamente - também deveria ter acontecido com o humorista.
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