O “sim” do juiz federal Sergio Moro para assumir o superministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), na manhã desta quinta-feira (1), teve ampla repercussão entre políticos nas redes sociais. A maior parte dos comentários foi proferida pela oposição, que criticou duramente o novo escolhido.
A deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que concorreu à vice-presidência na chapa do petista Fernando Haddad e foi derrotada por Bolsonaro no segundo turno da eleição, afirmou que, com a decisão, Moro “tira a toga para fazer política”.
Ao aceitar o convite para ser Ministro da Justiça, Sérgio Moro decide tirar a toga para fazer política.— Manuela (@ManuelaDavila) 1 de novembro de 2018
Já o senador e ex-presidenciável Alvaro Dias (Podemos-PR), conclamado “candidato da Lava Jato” em sua campanha do primeiro turno, não fez observações, se restringindo a compartilhar a matéria de um veículo de imprensa sobre o ocorrido. Ele afirmava, em sua campanha, que convidaria Moro para o cargo caso fosse eleito.
O novo ministro #ADComunicação https://t.co/6F4wylIcyQ— Alvaro Dias (@alvarodias_) 1 de novembro de 2018
O deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), que não conseguiu a reeleição para a próxima legislatura, ironizou: “E a “tchurma” achando que o Bolsonaro não sabe montar equipe…”
E a “tchurma” achando que o Bolsonaro não sabe montar equipe…— Fábio Sousa (@depfabiosousa) 1 de novembro de 2018
Vice na chapa de Alvaro Dias, o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC) creditou ao senador a ideia de nomear Moro como ministro:
MORO NA JUSTIÇA. O presidente Bolsonaro criou enorme fato político positivo ao levar Sergio Moro pra Justiça. Mas a bem da precedência, deveria agradecer a @alvarodias_ por haver lançado a ideia é telefonado a Moro antes de qualquer outro presidenciável. Boas ideias se copiam.— Paulo Rabello (@PRabello) 1 de novembro de 2018
A presidente do PT, senadora e deputada eleita Gleisi Hoffmann (PR) escreveu uma mensagem em inglês em tom de denúncia à comunidade internacional. Na postagem, afirma que foi a “fraude do século” e insinua que a prisão de Lula teria ajudado a eleger Bolsonaro. “Ajudou a eleger, ajudará a governar”, escreveu.
Fraud of the century! Judge Sergio Moro will be Minister of Justice in Jair Bolsonaro’s Government, who has only got elected because Lula was unfairly convicted and prevented from participating in the elections … by judge Sergio Moro. Helped to elect, helping to govern…— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 1 de novembro de 2018
Ivan Valente (PSOL), deputado federal reeleito por SP, afirmou que o juiz federal “vai trabalhar ao lado de investigados da Lava Jato”, citando a escolha de Onyx Lorenzoni para a Casa Civil.
Cai a máscara de Moro. Ele aceitou ser ministro do Bolsonaro, vai trabalhar ao lado de investigados da Lava Jato. Comprova que sempre foi um carreirista e teve atuação seletiva. Reiteramos, vai mandar prender Ônix Lorenzoni? Réu confesso de praticar Caixa 2 da JBS.— Ivan Valente (@IvanValente) 1 de novembro de 2018
Vice-presidente nacional do PT, o deputado reeleito Paulo Teixeira (SP) pediu que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) repensem a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva; o ex-presidente foi condenado em primeira instância por Moro pelo caso do tríplex do Guarujá — depois, condenação também foi dada pelo TRF-4.
Ministros do Supremo Tribunal Federal. Anulem a condenaçao do Lula e concedam a ele a liberdade.
As razões da prisão sem provas foram escancaradas: Moro aceita convite para exercer o cargo de ministro da justiça de Bolsonaro! #LulaLivre— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) 1 de novembro de 2018
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