Operação da Polícia Federal cumpre mandados na Paraíba e em outros estados contra organização criminosa ligada ao tráfico de drogas.
Uma operação da Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (18), ordens judiciais contra investigados por tráfico de drogas na cidade de Alagoinha, no Brejo da Paraíba. A ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público da Paraíba, e da Polícia Militar.
De acordo com a Polícia Militar, estão sendo cumpridos mandados de prisão, além de mandados de busca e apreensão nas residências dos alvos. Ao todo, a operação executa 31 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão, sendo 23 preventivas e sete temporárias. As ordens judiciais são cumpridas nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início a partir da análise de dados de operações anteriores, que apontaram que a liderança do grupo criminoso ordenava as ações de dentro do sistema penitenciário paraibano. Ainda conforme a PF, a organização era responsável pela aquisição de aeronaves e pela logística de transporte de grandes quantidades de cocaína das regiões Norte e Centro-Oeste para o Nordeste.
O grupo foi vinculado a três grandes apreensões recentes que totalizaram cerca de uma tonelada de entorpecentes. Entre elas, dois flagrantes de aeronaves transportando aproximadamente 400 quilos de cocaína cada, no estado do Tocantins, além de uma apreensão terrestre realizada na Paraíba.
Durante o inquérito policial, a PF identificou uma estrutura financeira complexa usada para ocultar a origem ilícita dos recursos. Os investigados utilizavam pessoas interpostas, conhecidas como “laranjas”, e empresas de fachada para movimentar valores milionários e adquirir bens de alto valor, como aviões e veículos de luxo. Como medida para descapitalizar a organização criminosa, a Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos financeiros até o limite de R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de bens móveis e imóveis.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão. Na Paraíba, os presos estão sendo encaminhados ao Instituto de Perícia Científica, em João Pessoa, para a realização de exame de corpo de delito.
Batizada de Hangar Fantasma, a operação faz referência ao modo de atuação do grupo, que utilizava empresas fictícias e terceiros para registrar e ocultar a real propriedade de aeronaves e hangares empregados na logística do transporte de drogas, mantendo uma frota aérea fora dos mecanismos tradicionais de controle financeiro.





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