CFM e AMB alertam sobre golpe em que criminosos se passam por médicos para exigir pagamentos e obter dados de pacientes.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) emitiram alerta nos últimos dias sobre o chamado “golpe do médico”, no qual criminosos se passam por profissionais de saúde ou gestores hospitalares para enganar famílias de pacientes e médicos, exigindo pagamentos urgentes ou obtendo dados sensíveis.
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Segundo as entidades, os golpes ocorrem com maior frequência envolvendo famílias de pacientes internados em estado grave. Os criminosos entram em contato por telefone ou aplicativos de mensagens, utilizam nomes reais de médicos e fotos retiradas da internet e informam, de forma falsa, o agravamento do quadro clínico do paciente, usando termos técnicos para dar credibilidade à abordagem.
Na sequência, os golpistas solicitam pagamentos via PIX para exames ou medicamentos que alegam não serem cobertos pelo plano de saúde. Vítimas relataram às autoridades pedidos que chegaram a valores de até R$ 10 mil.
Além das famílias, profissionais médicos também têm sido alvo das fraudes. De acordo com denúncias, os grupos criminosos se passam por conselhos de classe para cobrar falsos pagamentos de anuidades.
Casos estão sendo investigados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro. No Rio, uma operação policial chegou a prender suspeitos de um esquema que cobrava valores elevados para exames e medicamentos supostamente não cobertos por planos de saúde. Diante do aumento das ocorrências, entidades médicas e hospitais passaram a emitir alertas preventivos.
O CFM e a AMB orientam a população a desconfiar de pedidos urgentes de transferência de dinheiro, especialmente via PIX, e reforçam que hospitais não realizam cobranças de exames ou medicamentos por telefone ou aplicativos de mensagens. As entidades também alertam que conselhos profissionais não enviam boletos por aplicativos e recomendam não compartilhar fotos de prontuários, telas de computador ou dados internos.
Em situações suspeitas, a recomendação é entrar em contato diretamente com o hospital ou com o conselho profissional pelos canais oficiais e registrar denúncia junto às autoridades competentes.





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