Após pedido de Mohammed bin Salman, Trump afirma que já trabalha para ajudar a encerrar a guerra no Sudão. Governo sudanês demonstra disposição para cooperar.
Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (19) que trabalhará para ajudar a pôr fim à guerra no Sudão, após pedido do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. O presidente dos Estados Unidos declarou, em conferência de investimentos saudita, que seu governo “já começou a trabalhar nisso”, um dia depois de se reunir com o governante saudita na Casa Branca.
O Conselho Soberano do Sudão, liderado por Abdel Fattah al-Burhan, expressou disposição para cooperar com os EUA e a Arábia Saudita na busca por uma solução pacífica. Em comunicado, o órgão agradeceu aos dois países pelos esforços para conter o derramamento de sangue e reafirmou prontidão para participar de negociações que levem à paz desejada pela população sudanesa.
O conflito no Sudão teve início em 2023, resultado da disputa pelo poder entre as Forças Armadas e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), interrompendo uma transição planejada para um governo civil. A guerra já causou dezenas de milhares de mortes, com acusações de limpeza étnica, destruição em larga escala e deslocamento massivo, além de atrair o interesse de potências estrangeiras e ampliar o risco de divisão do país.
Segundo pessoas familiarizadas com o tema, Mohammed bin Salman acredita que a pressão direta de Trump pode destravar as negociações, citando o papel do presidente norte-americano no acordo de cessar-fogo em Gaza, em outubro. O príncipe teria apelado ao senso de pacificação atribuído por Trump a si mesmo, destacando a gravidade da situação sudanesa.
Para a Arábia Saudita, resolver o conflito é também uma questão de segurança nacional, já que o litoral do Sudão fica de frente para a costa saudita no Mar Vermelho. Trump afirmou que sua equipe começou a agir cerca de 30 minutos após o príncipe explicar a relevância estratégica do tema.





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