Projeto Raízes do Polo prevê 1.400 árvores adultas e reflorestamento de 27 hectares como compensação ambiental no Polo Turístico Cabo Branco.
O projeto Raízes do Polo, apresentado nesta quarta-feira (19/11) na sede do Ministério Público Federal (MPF) em João Pessoa, prevê o plantio de 1.400 árvores nativas adultas em áreas urbanas e o reflorestamento de 27 hectares de áreas degradadas. A iniciativa atende à compensação ambiental exigida pela construção de empreendimentos no Polo Turístico Cabo Branco e torna a Paraíba o primeiro estado a lançar um programa alinhado ao Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU), divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima durante a COP 30.
Idealizado pelo Governo do Estado por meio da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), o acordo de cooperação técnica foi assinado por representantes da Cinep, Iphan, Prefeitura de João Pessoa, MPF e empresas do Polo Turístico Cabo Branco. O investimento total é de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões provenientes da Cinep e R$ 2 milhões das empresas do polo. As ações contemplam praças, canteiros, parques e áreas de mata ciliar entre João Pessoa e Ingá, incluindo o Sítio Arqueológico Itacoatiara do Ingá.
O plano de trabalho contempla elaboração do projeto executivo, plantio, manutenção e monitoramento das áreas, garantindo acompanhamento técnico nas quatro fases. O Governo da Paraíba, por meio da Cinep, coordena o projeto e executará as ações de arborização e reflorestamento. O MPF será responsável pela fiscalização; o Iphan orientará as intervenções no Sítio Arqueológico do Ingá e no Centro Histórico de João Pessoa; e a Semam cuidará do apoio operacional e manutenção das áreas urbanas. As empresas do Polo Turístico Cabo Branco participam do financiamento e da execução inicial das etapas de plantio e manutenção. Semas, Sudema e Inovacentro atuam como parceiros.
Alinhado ao PlaNAU, o Raízes do Polo segue diretrizes nacionais para ampliar a arborização urbana, fortalecer corredores verdes e recuperar áreas degradadas, buscando enfrentar os impactos das mudanças climáticas e promover justiça climática. O procurador da República Renan Paes destacou a relevância do acordo, afirmando que o objetivo é garantir compensação ambiental rápida e tecnicamente acompanhada. Já o diretor-presidente da Cinep, Rômulo Polari, afirmou que a iniciativa reforça o compromisso com cidades mais verdes e resilientes, ressaltando a integração entre desenvolvimento turístico e responsabilidade ambiental, com expectativa de início das ações em janeiro de 2026.
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