Tema será debatido no "CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista" vai ao ar no sábado (15), às 19h30
Por muito tempo, falar sobre disfunção erétil foi motivo de constrangimento, especialmente entre os homens. Mas esse cenário vem mudando. Seguindo a série de conversas sobre saúde do homem, o "CNN Sinais Vitais - Dr. Kalil Entrevista" deste sábado (14) aborda a dificuldade persistente de atingir ou manter uma ereção durante a relação sexual, as possíveis causas e formas de tratar a condição.
Para falar sobre o assunto, o dr. Roberto Kalil recebe William Nahas, professor titular de Urologia da FMUSP, e Eduardo Carvalhal, chefe do Serviço de Urologia do Hospital Moinhos de Vento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, os procedimentos ambulatoriais para impotência de origem orgânica realizados pelo SUS quase dobraram nos últimos cinco anos, passando de 1.015 atendimentos em 2019 para 1.847 em 2024. O aumento revela que mais homens estão procurando tratamento, deixando para trás o silêncio e o tabu.
A disfunção erétil pode ter diferentes causas, como uso de medicamentos específicos, diabetes, complicações da cirurgia da próstata, distúrbios dos vasos sanguíneos e hormonais. No entanto, problemas psicológicos também podem causar a dificuldade de ereção, como ansiedade ou depressão. Embora a idade seja um fator de risco, a disfunção pode aparecer em qualquer fase da vida adulta.
Por isso, os especialistas alertam: a disfunção erétil pode ser um alerta para outras doenças. "A função erétil pode ser o primeiro marcador de doenças cardíacas. As artérias do pênis refletem o estado das coronárias, se há obstrução ali, pode haver também no coração", explica Carvalhal.
Segundo Nahas, o componente emocional tem peso significativo nos casos atuais: "A pressão do dia a dia e as preocupações constantes fazem com que muitos casos sejam psicogênicos. É fundamental diferenciar se o problema tem origem física ou emocional", destaca.
Avanços no tratamento
Durante o programa, os convidados também comentam sobre os avanços no tratamento e o impacto do uso indevido de comprimidos estimulantes, que se popularizaram nas últimas décadas. É o caso da tadalafila, por exemplo.
"Os comprimidos foram uma revolução no tratamento, mas o uso indiscriminado, principalmente entre os jovens, pode gerar dependência e uma muleta emocional", alerta Carvalhal.
"O jovem que não precisa, mas usa, pode desenvolver uma disfunção emocional no futuro. O remédio cria uma falsa segurança e acaba interferindo na autoconfiança", complementa Nahas.
Os especialistas reforçam que o tratamento deve sempre ter acompanhamento médico, evitando automedicação e o uso de produtos sem registro. Além dos medicamentos, mudanças de hábitos, alimentação equilibrada, prática de exercícios e terapia podem ajudar no processo de recuperação.
O programa também discute os avanços tecnológicos, como o uso de próteses penianas em casos mais graves: "Elas são o último recurso e precisam ser muito bem indicadas. As próteses infláveis modernas garantem resultados eficazes e devolvem qualidade de vida ao paciente", afirma Carvalhal.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 15 de novembro, às 19h30, na CNN Brasil.
Por: CNNBrasil





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