Nicolás Maduro acusa EUA de preparar agressão militar contra a Venezuela para impor regime aliado e explorar petróleo, gás e ouro do país.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de planejar uma agressão armada para impor uma mudança de regime no país e tomar seus recursos naturais, como petróleo, gás e ouro. A declaração foi feita nesta sexta-feira (3), em discurso transmitido pela emissora estatal VTV.
Maduro afirmou que a Venezuela não se submeterá a nenhum império e prometeu dar uma “lição moral, ética e política” aos Estados Unidos nos próximos anos. O líder venezuelano disse ainda que a nação tem direito à paz e à soberania e não permitirá que esse direito seja retirado.
“Se for necessário passar de formas de luta desarmada para formas de luta armada, este povo fará isso pela paz”, afirmou.
As declarações ocorreram durante uma conferência internacional contra o “colonialismo, o neocolonialismo e a expropriação territorial”, que reuniu 137 delegados de 59 países.
No mesmo evento, a vice-presidente Delcy Rodríguez acusou a Guiana de “abrir as portas ao invasor norte-americano”, permitindo agressão militarista na região. Segundo ela, Maduro alertou a ONU em diversas ocasiões sobre a atuação da ExxonMobil, que estaria financiando o governo guianês para fomentar hostilidades contra Caracas e o Caribe.
O território de Essequibo, atualmente sob controle da Guiana, voltou ao centro da disputa desde 2019, após a descoberta de reservas de petróleo e minerais.
As tensões se intensificaram nas últimas horas após Caracas denunciar ao Conselho de Segurança da ONU uma “incursão ilegal de caças norte-americanos” a 75 km de sua costa. Washington enviou ao Caribe oito navios de guerra, um submarino nuclear, caças F-35B e mais de 4.500 soldados. Além disso, militares dos EUA destruíram nesta sexta-feira (3) uma embarcação acusada de envolvimento no tráfico de drogas, matando quatro pessoas — o quinto ataque do tipo desde o início de setembro.
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