Congressistas já admitem que a CPMI só deve começar a funcionar no segundo semestre
Apesar da pressão da oposição, congressistas já admitem que a CPMI só deve começar a funcionar no segundo semestre. A partir da leitura do requerimento, os partidos devem indicar os membros e acertar uma data para a instalação da comissão.
Líderes partidários lembram ainda que o Congresso deve ficar esvaziado de quinta-feira (19), dia de Corpus Christi, até o fim do mês, quando boa parte dos deputados e senadores voltam para os estados por conta das festas juninas. O recesso parlamentar começa na metade de julho.
O requerimento para criação de uma CPMI do INSS foi protocolado no mês passado com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados federais -número superior ao mínimo exigido de 27 e 171, respectivamente-, mas ganhou novas adesões depois disso, inclusive de governistas.
Pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 10 e 11 indica que a maioria dos brasileiros atribui responsabilidade nas fraudes do INSS tanto ao governo Lula (PT) quanto ao governo Bolsonaro (PL), embora a percepção negativa em relação à gestão petista seja maior.
A crise dos descontos associativos travou a recuperação da popularidade de Lula, que se manteve em junho no pior patamar de reprovação já registrado em seus três mandatos -40% dos brasileiros consideram o atual governo ruim ou péssimo.
O governo tenta evitar a CPMI com o argumento de que já há investigações avançadas em curso na Polícia Federal e na CGU (Controladoria-Geral da União), além de uma ação cautelar da AGU (Advocacia-Geral da União) para o bloqueio de bens das associações.
Na quinta (12), a 7ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal determinou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões de 12 entidades associativas e seus dirigentes que são investigados. O objetivo da AGU é utilizar esses recursos para o ressarcimento às vítimas das fraudes.
por Folhapress
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