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6.10.23

Torcedores do Palmeiras acusam diretor do Boca e agridem jornalista por racismo

 Profissionais estrangeiros comemoraram a classificação do Boca Juniors no Allianz Parque; um deles é acusado de fazer gestos racistas em direção à torcida

Torcedores do Palmeiras invadiram a área de imprensa do Allianz Parque, logo após o apito final da eliminação para o Boca Juniors nesta quinta-feira (5), e agrediram jornalistas argentinos com socos. O episódio de violência foi motivado pela comemoração dos profissionais. 

Mais tarde, um torcedor do Palmeiras que estava no setor gol sul acusou um diretor do clube xeneize de ter imitado um macaco e apontado o dedo na direção dos palmeirenses.

 

A reportagem da Trivela presenciou o momento, de dentro da tribuna de imprensa, local que foi invadido pela torcida palmeirense. Os jornalistas estrangeiros continuaram as provocações por alguns minutos, enquanto eram cercados. Inclusive, um deles fez gestos racistas em direção aos torcedores, imitando um macaco e mostrando uma banana.  

A polícia não chegou imediatamente ao local da confusão, mas profissionais de segurança do estádio tentaram conter os ânimos. No entanto, somente com a ação dos militares os suspeitos dos atos violentos foram dispersados. 

O repórter acusado de racismo foi revistado pelos policiais e levado sob custódia na sequência. Segundo a apuração, o suspeito se chama Christian Infanzón e é integrante do podcast argentino “Jogo Bonito”, dedicado à torcida do Boca. Um outro homem, ainda não identificado, também foi detido. Mais tarde, seu irmão, também jornalista, Sebastián Infanzón, foi acompanhar seu irmão, que prestava depoimento no Jecrim (Juizado Especial Criminal). 

 

Diretor acusado não é identificado

O torcedor do Palmeiras Rodrigo Aparecido, 36, acusou um suposto diretor do Boca Juniors de ter imitado macaco e apontado na sua direção enquanto os argentinos comemoravam a sua classificação, próximo ao setor gol sul. Arrasado, Aparecido afirmou que o homem, que portava um crachá do Boca Juniors, se dispersou na multidão.

“Eu perdi a cabeça. Em 36 anos, nunca passei por isso”, disse ele à reportagem do jornal Lance. “Se eu visualizar, eu sei quem foi. Ele é da diretoria do Boca”, garante ele.  “Eu corri  atrás dele, mas não alcancei”.

O delegado titular do Drade (Delegacia de polícia de repressão aos delitos de intolerância esportiva) comentou os dois casos.

“A gente ainda está tomando as medidas. Estive agora na sala do centro de controle operacional aqui do Allianz. Olhando as imagens, foi isso: ao término da partida, na tribuna de imprensa, onde os jornalistas argentinos começaram a comemorar a vitória do Boca, houve um incidente com torcedores do Palmeiras. Tem um vídeo onde é exibida uma banana, porém as imagens das câmeras de segurança e as testemunhas que a gente tem aqui na delegacia não conseguiram vislumbrar o momento em que essa banana foi atirada, se ela foi atirada por esse jornalista que está aqui prestando depoimento”, disse.

“Nós requisitamos todas as imagens ao Allianz, isso vai ser objeto de investigação, a gente já está instaurando inquérito policial e as investigações vão se iniciar a partir de agora. A gente já está colhendo outras imagens que possam apresentar para a gente algum gesto que ele tenha imitado macaco ou atirado essa banana”, afirmou.

O jornalista está prestando depoimento, está acompanhado por um representante do consulado argentino. A outra vítima está prestando depoimento, está sendo elaborada outra ocorrência, e a gente vai seguir com a investigação e a instauração destes dois casos.

Quanto ao caso de Aparecido, o procedimento também será requisitar as imagens.

“Esse torcedor também está aqui, está bastante abalado. Eu estive agora na sala de monitoramento, ele relata que os jogadores do Boca quando retornavam para o vestiário, havia alguns dirigentes, algumas pessoas acompanhando os jogadores, ele faz a descrição física e da roupa desse possível dirigente que teria feito um gesto de macaco para ele. Nós também estamos requisitando as imagens do Allianz para identificar esse torcedor, dirigente, enfim, mas até o momento não foipossível de fazer, por isso que a gente vai instaurar também esse inquérito de racismo para apurar esses fatos”, disse.

“Nós ainda estamos colhendo algumas imagens, mas as que temos até o momento, nenhuma delas foi possível ver. A gente sabe que um gesto de imitar macaco é muito rápido, mas nós não conseguimos também nenhum torcedor que fosse testemunha ou as câmeras de segurança que mostrassem isso, por isso dessa forma, a Polícia Civil vai instaurar o inquérito para apurar esse fato”, explicou.

Por Trivela

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