Tecnologia do Blogger.
4.10.23

Botafogo: Demissão é reflexo de situação insustentável criada por Bruno Lage

 Depois de tropeços e colocar Tiquinho no banco, Bruno Lage perde disputa com o elenco e Botafogo decide por demissão

Bruno Lage não é mais técnico do Botafogo. Depois do empate com o Goiás e a pressão imposta pelos próprios jogadores do clube, a diretoria da SAF alvinegra, comandada por John Textor, decidiu pela demissão do treinador português. A decisão foi anunciada pelo clube na noite desta terça-feira (3).

Lucio Flavio e Joel Carli (na função de assistente técnico) assumem interinamente o comando do time na preparação para o clássico contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, no próximo domingo (8).

Clima insustentável

O clima no Botafogo para Bruno Lage parecia cada vez mais insustentável. Depois do empate com o Goiás, em pleno Nilton Santos, e de protestos da torcida, os próprios jogadores também reclamaram sobre o trabalho do técnico português. Nesta terça-feira, um grupo de jogadores conversou com John Textor e mostrou insatisfação com as escolhas de Lage no comando do time. Agora, a decisão sobre o futuro do treinador e a relação com os jogadores está nas mãos de Textor.

De acordo com o “GE”, a gota d'água para a insatisfação dos jogadores foi Bruno Lage ter barrado Tiquinho Soares, artilheiro do Campeonato Brasileiro, na partida contra o Goiás. O atacante começou a partida no banco de reservas, com Diego Costa titular. Após sair perdendo, o camisa 9 entrou no intervalo e marcou o gol de empate.

Na coletiva depois da partida, Bruno Lage justificou a escolha pelas últimas atuações de Tiquinho Soares, que estava há quatro partidas sem fazer gols. A situação não agradou o elenco do Botafogo. O grupo de tem boa relação e não tem problemas com Diego Costa, que chegou no clube neste meio de 2023, mas Tiquinho ser barrado incomodou o elenco.

Contra o Goiás, Bruno Lage também improvisou o meia Tchê Tchê na lateral-direita, deixando Di Plácido, titular da posição, no banco de reservas. Além disso, durante a semana, o técnico chegou a testar JP na lateral-esquerda, mas acabou optando por Hugo, que costuma ser o substituto natural de Marçal, que estava suspenso.

Bruno Lage chegou ao Botafogo depois da saída de Luís Castro. O português foi uma escolha direta de John Textor, dono da SAF alvinegra. Mas, além da queda de aproveitamento, o desempenho do time incomodou a torcida e a própria diretoria do clube.

Depois de um primeiro turno excelente – o melhor da história do Brasileirão por pontos corridos com 20 clubes -, o Botafogo teve uma queda brusca de rendimento. No segundo turno, até o momento o clube teve apenas uma vitória, dois empates e três derrotas. O time de Bruno Lage tem a quinta pior campanha no returno.

Clima já não era bom faz tempo

O clima com Bruno Lage já não era dos melhores desde o começo de setembro. Depois da derrota para o Flamengo, que acabou com a invencibilidade do clube no Nilton Santos neste Brasileiro, a desconfiança sobre Lage aumentou ainda mais. Logo depois do jogo, em coletiva, o português reclamou de uma suposta pressão da torcida e avisou que estava deixando o cargo à disposição da diretoria. Além disso, Lage abandonou a coletiva.

Ainda durante a madrugada depois do jogo, o Botafogo confirmou a permanência de Bruno Lage e tentou emplacar narrativa de que o técnico havia se “expressado mal” durante a coletiva e que estava tentando proteger o elenco das críticas da torcida e da imprensa. Mas a situação não foi bem vista internamente, nem mesmo pelos jogadores, e principalmente pela torcida.

Contra o Goiás, Bruno Lage foi vaiado pela torcida ainda durante o anúncio da escalação, que tinha Tiquinho Soares no banco de reservas. Na saída para o intervalo, com o time perdendo por 1 a 0, Lage voltou a ser vaiada. E, com apenas um ponto conquistado contra um time que luta contra o rebaixamento, o português foi novamente vaiado e chamado de “burro” pelos alvinegros. Na saída de campo, enquanto era xingado, Bruno Lage aplaudiu a torcida, o que levantou suspeitas sobre uma possível ironia. Mas, na coletiva, ele negou qualquer tipo de ironia e disse que estava agradecendo o apoio da torcida. Este, talvez, tenha sido o seu último capítulo no comando do time.

Mesmo em meio a essa crise, o Botafogo segue com uma vantagem significativa na liderança do Brasileirão. O Glorioso tem 52 pontos, sete a mais que o Red Bull Bragantino. O alvinegro volta a campo no próximo domingo (8), às 16h (horário de Brasília), no clássico com o Fluminense, no Maracanã.

Números de Bruno Lage no Botafogo

Jogos: 16
Vitórias: 5
Empates: 7
Derrotas: 4
Gols marcados: 19
Gols sofridos: 14
Aproveitamento: 45,8%

Confira a nota oficial do Botafogo

O Botafogo informa que, por decisão de John Textor e do Departamento de Futebol, Bruno Lage não é mais o técnico da equipe principal.

O Botafogo destaca o profissionalismo, o caráter e o comprometimento de Bruno Lage no período em que defendeu a camisa alvinegra e fez parte da família. Apesar do início do treinador, com 10 jogos de invencibilidade, os últimos resultados não foram os esperados. Fica o agradecimento do Clube a Bruno e a toda a sua comissão técnica pelos serviços prestados ao Glorioso ao longo dos últimos meses, desejando muito sucesso em seus futuros desafios.

Como família, o Botafogo vai buscar no momento soluções dentro de casa. O Clube segue com confiança inabalável e firme no propósito da temporada com o suporte incansável de uma legião de alvinegros apaixonados.

Lucio Flavio e Joel Carli (na função de assistente técnico) assumem interinamente o comando do time a partir desta quarta (4) na preparação para a partida de domingo, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.

 

Por Trivela

  • Comentar com o Gmail
  • Comentar com o Facebook

0 commentarios:

Postar um comentário

Item Reviewed: Botafogo: Demissão é reflexo de situação insustentável criada por Bruno Lage Rating: 5 Reviewed By: Informativo em Foco