Neste Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o juiz da vara da Infância e da Juventude e vice-presidente do Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Brasil, Adailton Lacet, explicou a diferença entre abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
De acordo com Adailton, o abuso ocorre quando o abusador tem contato físico com a vítima e a exploração existe onde uma terceira pessoa aufere lucros em cima do abuso contra a criança.
– Nesses casos a criança muitas vezes não verbaliza o que está acontecendo, mas emite sinais, como baixo rendimento escolar, fácil irritabilidade, fica mais retraída. Também pode apresentar sintoma biológicos como incontinência urinária e lesões na genitália – disse.
O juiz destacou que houve um aumento considerável de casos de abuso contra crianças e adolescentes, mas apenas 10% chegam ao conhecimento das autoridades.
Ele explicou, em entrevista a uma emissora de rádio local, que a denúncia, quando chega ao Ministério Público, é encaminhada para a Justiça e o abusador pode ficar recluso de 8 a 15 anos na prisão.
Adailton frisou que os casos subnotificados ocorrem frequentemente porque o abuso ocorre dentro do próprio ambiente familiar. Também disse que o crime de abuso sexual contra crianças ocorre em todo o território nacional e vitima, em sua maioria, meninas pobres de pele escura.
A Polícia Rodoviária Federal realizou um mapeamento entre 2019 e 2020 e encontrou 24 pontos vulneráveis de exploração de crianças e adolescentes nas rodovias paraibanas.
Por Paraíba Online
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