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29.12.20

Semifinal da Libertadores terá fronteira 'furada' e teste inédito de PCR

 

Para irem à Argentina, Santos e Palmeiras vão receber autorização especial para imigrarem em um país que está com as fronteiras fechadas

As semifinais da Copa Libertadores na próxima semana colocar os quatro times participantes diante das restrições geopolíticas impostas na América do Sul para conter o avanço da pandemia do coronavírus. Para irem à Argentina, Santos e Palmeiras vão receber autorização especial para imigrarem em um país que está com as fronteiras fechadas. Em contrapartida, Boca Juniors e River Plate terão de se submeter à nova exigência de testes do governo brasileiro para poderem desembarcar.

No início da próxima semana, palmeirenses e santistas vão ser os únicos estrangeiros autorizados a desembarcar na Argentina. O país vizinho manterá as fronteiras fechadas de 25 de dezembro até 8 de janeiro para conter o aumento do número de casos de covid-19, mas a decisão não vai afetar os compromissos pela Libertadores. A Conmebol explicou ao Estadão tem um acordo especial com os dez países do continente para garantir a realização dos jogos, mesmo em condições excepcionais.

O protocolo a ser aplicado para as semifinais entre River e Palmeiras e Boca Juniors e Santos é o mesmo em vigor desde setembro. A Conmebol afirmou que cada delegação poderá ter no máximo 55 integrantes. Até 72 horas antes do jogo será preciso realizar o exame PCR e comprovar resultado negativo. Quando os brasileiros estiverem em Buenos Aires, precisarão ficar confinados no hotel. Quem sair pode levar uma multa de até R$ 150 mil pela desobediência.

As equipes só vão poder deixar o hotel para ir treinar ou para a disputa do jogo. Os clubes vão precisar arcar com eventuais custos de internação ou cuidados médicos de funcionários. A permanência no país vizinho deverá ser a mais breve possível. Todos os times vão viajar em voos fretados e de uso exclusivo das respectivas delegações.

Para o infectologista argentino Tomás Orduna, chefe de Medicina Tropical do Hospital Francisco Muñiz e consultor médico do Boca Juniors, a liberação para essas viagens serem realizadas não tira dos clubes o dever de se preocupar com o contágio. "Nenhuma bolha de segurança é totalmente impenetrável. Por mais que se aprimore e se estude, não é 100% seguro", disse o médico. "No caso da Argentina, receber equipes de fora obriga a monitorar que essa presença não gere transmissão comunitária", explicou.

Tanto para Santos como para Palmeiras, a avaliação é de que o fechamento de fronteiras e a autorização excepcional para entrarem na Argentina pouco vai mudar a logística pré-jogo. As equipes já realizaram anteriormente voos fretados para disputarem os compromissos. O time alviverde ainda não definiu a programação, mas deve viajar só na véspera. Já o Santos pretende realizar o último treino em Buenos Aires.

A novidade para os clubes brasileiros nesta semifinal é a obrigação de apresentar um teste PCR negativo no retorno para casa. Entra em vigor em 30 de dezembro uma medida que obriga todos os viajantes a comprovarem que não são portadores do vírus. A regra vale para estrangeiros e também cidadãos residentes no País. Os laudos dos testes devem ser enviados à companhia aérea.

Quando virem jogar no Brasil na segunda semana de janeiro pela partida de volta da semifinal, River e Boca também terão de se adequar à medida. Os times vão precisar realizar os testes ainda na Argentina. A exigência não deve impactar na rotina dos clubes, pois os elencos costumam fazer esses exames prévios às viagens para apresentar os resultados à Conmebol.

IMPASSE - Primeiro brasileiro a entrar em campo pela semifinal, no dia 5, o Palmeiras já enfrentou nesta Libertadores um impasse por causa de testes e de exigências de outros governos. A equipe viajou ao Equador em novembro para enfrentar o Delfín, pelas oitavas de final da competição. Após a imprensa do país noticiar que o elenco tinha jogadores com testes positivos para covid-19, autoridades de saúde exigiram a realização de um novo exame logo na chegada. O clube se recusou a fazer o teste no aeroporto porque a pista estava em obras, mas aceitou passar pela bateria de exames no hotel. Todos os atletas testaram negativo.

Por Estadão Conteúdo

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