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20.6.18

As dez descobertas acidentais que marcaram a medicina

Conheça os tratamentos que surgiram meio sem querer e revolucionaram a forma como encaramos diversas doenças

Esses avanços beneficiaram milhões de pessoas nos últimos séculos (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
Há 90 anos, o cientista inglês Alexander Fleming inaugurou uma nova era ao descobrir a penicilina, o primeiro antibiótico da história. Na receita desse marco, há uma boa dose de sorte. SAÚDE aproveita a data para mostrar as principais revoluções médicas que contaram com o acaso. Confira a linha do tempo:

1799 – Anestesia

anestesia anestesia
anestesia (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
O inglês Humphry Davy (1778-1829) foi o primeiro a relatar o efeito anestésico do óxido nitroso, o “gás do riso”. Anos depois, o dentista americano Horace Wells (1815-1848) assistia a um espetáculo quando um dos participantes, depois de inalar o gás, machucou a perna e não sentiu dor. Intrigado, Wells fez uma experiência: pediu para um estudante arrancar seu dente sob o efeito do gás. A extração foi indolor.

1870 – Aspirina

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
O alemão Felix Hoffman (1868-1946) testava o extrato da casca de uma árvore, o salgueiro, no combate a infecções. Nos primeiros testes, a pílula sintetizada a partir da salicina — o princípio ativo da planta — não alcançou bom resultado. Por outro lado, reduziu a febre. Para evitar que o remédio causasse queimação no estômago, ele acrescentou à fórmula a substância acetil. Nascia, assim, o ácido acetilsalicílico, que a Bayer popularizou como Aspirina.

1879 – Adoçante 

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)

A sacarina foi descoberta pelo russo Constantin Fahlberg (1850-1910) quando ele trabalhava com derivados de alcatrão de carvão em seu laboratório nos Estados Unidos. Curiosamente, o ciclamato de sódio e o aspartame também foram desvendados por obra do acaso: o primeiro em 1937, numa pesquisa para um remédio contra febre, e o segundo em 1965, em um estudo para achar uma solução contra úlceras.

1889 – Insulina 

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)

Os cientistas alemães Joseph von Mering (1849-1908) e Oscar Minkowski (1858-1931) removeram o pâncreas de um cão para estudar o que aconteceria e logo perceberam que a urina do animal passou a atrair moscas por causa do açúcar. Eles constataram que a glândula era indispensável para o aproveitamento da glicose. Em 1921, pesquisadores canadenses isolaram o hormônio responsável por isso, a insulina.

1895 – Raio X

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) analisava um tubo de raios catódicos — tubo de vidro através do qual passa um feixe de elétrons — quando notou um efeito curioso. Ao ligá-lo, ele percebeu um brilho projetado em uma placa fosforescente. E esse brilho persistia mesmo se fosse colocada uma folha de alumínio entre o tubo e a placa. Quando botou a própria mão, descobriu que podia ver seus ossos na imagem projetada.

1928 – Penicilina

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
O inglês Alexander Fleming (1881-1955) investigava bactérias do tipo estafilococo quando saiu de férias e esqueceu, em cima da mesa do laboratório, uma de suas amostras do micróbio. Ao voltar, viu que havia aparecido mofo no local, e este impedia as bactérias de se multiplicarem. Concluiu, então, que uma substância do fungo Penicillium notatum estava por trás desse efeito. Despontava a penicilina, o primeiro antibiótico.

1956 – Marca-passo

 (Ilustrações: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
O engenheiro americano Wilson Greatbatch (1919-2011) construía um dispositivo para gravar batimentos cardíacos quando, por engano, retirou o resistor da caixa errada. Depois de montá-lo, notou que o circuito emitia pulsos elétricos. Logo, imaginou que essa estimulação poderia ajudar em um colapso do coração. Ao longo de dois anos, aperfeiçoou o invento e o testou em um cão. No início, o equipamento era do tamanho de uma TV. 

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