Presidente do Santos afirma que estádio só será demolido após captação total dos R$ 600 milhões necessários para nova arena na Vila Belmiro.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (15) que a demolição da Vila Belmiro só ocorrerá após a arrecadação completa dos R$ 600 milhões necessários para a construção da nova arena. A declaração foi feita durante audiência pública no salão de mármore do estádio, com presença de representantes do clube, da construtora WTorre, da Prefeitura, além de moradores e torcedores.
Durante o evento, Marcelo Teixeira reforçou o compromisso com a transparência e segurança financeira do projeto. Segundo ele, nenhum passo será dado sem a garantia total dos recursos. “O Santos não quebrará um tijolo sequer da Vila Belmiro apenas com o seguro, que é obrigatório. Só faremos quando atingir o valor total da obra”, declarou.
O investimento será totalmente bancado por meio da venda de cadeiras e camarotes da nova arena, em parceria com a WTorre, responsável também por auxiliar na comercialização desses espaços. A previsão é de que cerca de seis mil assentos vendidos sejam suficientes para atingir os R$ 600 milhões, já considerando os efeitos da inflação.
Marcelo Teixeira explicou que o valor foi estipulado com margem de segurança para evitar riscos financeiros durante a construção. “Se não precisar de R$ 600 milhões, alcançar R$ 500 milhões. Fizemos isso justamente para depois não dizer que colocaríamos um valor maior”, afirmou.
O contrato com a WTorre ainda está em fase final de ajustes e deve ser assinado nos próximos 60 dias. A partir da formalização, será iniciada a comercialização das cadeiras, etapa crucial para dar andamento ao projeto. Em um cenário otimista, as obras podem começar ainda em 2025.
Pelo novo Memorando de Intenções, a parceria entre Santos e WTorre terá validade de 30 anos, com gestão compartilhada do estádio e divisão pré-acordada das receitas provenientes de jogos e eventos. A estimativa de investimento total gira em torno de R$ 700 milhões.
As tratativas para a nova arena começaram em 2020, na gestão de José Carlos Peres, mas ganharam tração apenas em 2023, sob o comando de Andres Rueda. Marcelo Teixeira, que assumiu em janeiro deste ano, promoveu mudanças no projeto e adiou diversas vezes o início da comercialização dos espaços.
Paralelamente ao projeto da nova arena, o clube também avança na reformulação de seus centros de treinamento. O CT das categorias de base e do futebol feminino foi reformado com apoio da NR Sports, empresa do pai de Neymar. Já o CT do elenco profissional deverá ser transferido do CT Rei Pelé para a cidade de Praia Grande. A nova estrutura, chamada CT Vila Praia Grande, será entregue em cerca de um ano, sem custos para o Santos.
Por Redação
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