O Colégio dos Cardeais pediu hoje (30) aos fiéis de todo o mundo que rezem por eles, que se preparam para o conclave da próxima semana que vai eleger o próximo papa.
O apelo foi feito quando os cardeais concluíram sua sétima congregação-geral — reuniões diárias que antecederam o início do conclave, programado para quarta-feira próxima (7).
Em comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, os cardeais disseram estar “conscientes da responsabilidade à qual são chamados” e contam com as orações da comunidade global de fiéis.
“Essa é a verdadeira força que, na Igreja, promove a unidade de todos os membros do único corpo de Cristo”, diz a declaração, citando 1 Coríntios 12:12.
“Diante da enormidade da tarefa que nos aguarda e da urgência do tempo presente, é necessário, antes de tudo, tornar-nos humildes instrumentos da infinita sabedoria e providência do nosso Pai celeste, em docilidade à ação do Espírito Santo”.
Os cardeais enfatizaram a importância de ouvir o Espírito Santo em suas deliberações e pediram que Nossa Senhora, a Bem-Aventurada Virgem Maria acompanhe suas orações “com sua intercessão maternal”.
Cardeal Becciu
Hoje, os cardeais também abordaram duas questões processuais, incluindo o número de eleitores e o papel do cardeal Giovanni Angelo Becciu, que na terça-feira desistiu de tentar votar no conclave.
Becciu, o ex-secretário adjunto de Estado da Santa Sé, havia insistido anteriormente em seu direito de voto, mas se afastou "para contribuir com a comunhão e a serenidade do conclave", segundo a declaração da Santa Sé.
O colégio agradeceu a decisão e disse esperar que “os órgãos competentes da justiça possam apurar definitivamente os fatos”.
Becciu renunciou aos seus privilégios cardeais em 2020, em meio a acusações de má conduta financeira, e foi condenado em dezembro de 2023 por peculato, fraude qualificada e abuso de poder. Ele nega qualquer irregularidade e está recorrendo da condenação.
Cerca de 120 cardeais eleitores
Os cardeais também confirmaram que o papa Francisco dispensou legalmente o limite numérico de 120 eleitores previamente estabelecido pela constituição apostólica Universi dominici gregis, publicada pelo papa são João Paulo II em 1996. O parágrafo 33 do documento limitava o número de cardeais eleitores a 120, o parágrafo 36 da constituição diz que "um Cardeal da Santa Igreja Romana, que tenha sido criado e publicado em Consistório, tem por isso mesmo o direito de eleger o Pontífice".
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