Acredita-se que milhares de civis deslocados ainda estejam dentro de um complexo hospitalar, de acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e autoridades do hospital.
As condições estão se deteriorando cada vez mais no Hospital Al-Shifa, o maior complexo hospitalar de Gaza, segundo relatos de pessoas alojadas no interior do edifício.
Um jornalista freelancer dentro do complexo, Mustafa Sarsour, disse à CNN: “Há mais de 70 corpos que ainda precisam ser enterrados e pelo quarto dia não podemos enterrar os corpos”.
Sarsour acrescentou que havia “lixo em todos os cantos do complexo hospitalar. Antes de faltar energia elétrica, havia um incinerador nos fundos do hospital onde o lixo era queimado”. Ele disse que o cheiro estava “além da imaginação”.
Sarsour disse à CNN que há mais de 15 mil deslocados, equipes médicas e pacientes dentro de Al-Shifa.
Ele disse que havia tanques a cerca de 200 metros ao norte do complexo e disparos pesados. A CNN não conseguiu verificar relatos sobre operações militares nas proximidades de Al-Shifa.
Os intensos combates perto do maior hospital de Gaza deixaram o edifício em uma “situação catastrófica”, com pacientes e funcionários presos no seu interior, ambulâncias incapazes de recolher os feridos e sistemas de suporte de vida sem eletricidade, relatam autoridades de saúde e agências humanitárias.
De acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas em Gaza, funcionários e pacientes não conseguiram deixar o Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza, pois o complexo permanece sob “cerco total”.
As Forças de Defesa de Israel mencionaram “combates intensos e contínuos” nas proximidades de Al-Shifa, mas negaram as alegações de que estavam atirando diretamente ou sitiando o complexo.
Acredita-se que milhares de civis deslocados ainda estejam no complexo hospitalar, de acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e autoridades do hospital.
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