Ser técnico da Seleção, pela qual estreia na próxima semana, não tem impedido Fernando Diniz de criticar abertamente a CBF
Fernando Diniz é um homem fiel às suas crenças. Mesmo contratado para ser o técnico da Seleção Brasileira, o treinador do Fluminense não diminuiu suas críticas à CBF. Após a vitória do Tricolor sobre o Fortaleza, em Volta Redonda, ele reclamou do campo do Raulino de Oliveira e pediu padronização dos gramados no Campeonato Brasileiro antes de voltar a reprovar a arbitragem.
— Foi uma vitória muito importante, adversário duro, em um campo quase impossível de jogar futebol. Prejudicou mais ao Fluminense do que eles. Contra um Fortaleza que marca bem, fica mais difícil. Faço mais uma vez a critica a arbitragem. O Fortaleza não quis que o jogo andasse e o juiz menos ainda. De uma maneira profunda, lesando o torcedor e quem assistia pela televisão porque não tem jogo. Arbitro não quis acelerar a partida. Tudo era motivo para parar, conversar e dar cartões de maneira equivocada — declarou.
Suspenso do próximo confronto, contra o Vasco, por levar o terceiro cartão amarelo — todos por reclamação com a arbitragem —, Diniz criticou de maneira veemente o árbitro André Luiz Skettino, que paralisou muitas vezes a partida em Volta Redonda e, em sua opinião, não marcou pênalti de Pedro Augusto, do Fortaleza, em Arias, no segundo tempo.
— Todo mundo achou pênalti em Porto Alegre (em Nino, contra o Grêmio), que nos colocaria hoje na terceira posição. Hoje, ganhamos o jogo, mas teve um pênalti ainda mais claro que poderia comprometer. O que mais me incomoda é a conivência com a falta de bola em movimento. Tomei cartão amarelo hoje por conta da falta de critério e de não deixar a bola andar. Par termos um jogo mais vistoso que agrade as pessoas que gostam de futebol — afirmou.
Crítico ferrenho da falta de critério nos jogos do Campeonato Brasileiro, Diniz pediu ainda que os jogos tenham mais tempo de bola rolando.
— Não é uma questão de reclamar (da arbitragem), é um mal do futebol. As coisas são parecidas. Parece que o juiz não quer que o jogo ande pra diminuir a capacidade dele errar. Isso é uma critica. A maioria dos meus cartões são por reclamar do jogo parar demais. Espero que isso se corrija para termos mais bola rolando e menos jogo parado — completou.

Ainda hoje, Fernando Diniz viaja para Belém, no Pará, onde o Brasil encara a Bolívia na estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O Campeonato Brasileiro será paralisado até o dia 13/09 (quarta-feira), para duas datas Fifa. O Tricolor será comandado pela comissão permanente em sua ausência. Os auxiliares Eduardo Barros e Vagner Bertelli e o preparador físico Marcos Seixas, que farão parte de sua comissão técnica na Seleção, viajarão junto ao treinador.
Diniz vê ‘desrespeito' em estado do gramado em Volta Redonda
Sem o Maracanã, fechado para obras de reforma do gramado, o Fluminense viajou 135km para ir à Volta Redonda, mas sofreu do mesmo mal. O campo do Raulino de Oliveira já havia sido criticado no empate com o Atlético-MG, em junho, e agora, foi visto como “desrespeito com o futebol” pelo técnico.
— É uma critica veemente que eu faço. É um desrespeito com o futebol, com quem paga ingresso e assiste pela televisão. É uma regra básica para que os gramados tenham as mesmas dimensões, mesmo tipo de grama, porque isso iguala. Você jogar em gramas diferentes e lugares diferentes prejudica. Tem que ter uma padronização dos gramados — opinou.
Técnico vê Brasileirão em aberto e rechaça ‘time ideal' no Flu
Se criticou a arbitragem e o gramado, Fernando Diniz exaltou seus jogadores. Ao ser questionado sobre a campanha do Fluminense no Campeonato Brasileiro, ele respondeu que a equipe briga pelo título. O Tricolor tem 13 pontos a menos que o líder Botafogo.
— É difícil, mas não é impossível. Botafogo tem uma larga vantagem e um time qualificado. Fluminense tem que se preocupar com o que acontece internamente e com os próprios jogos. Não tem que olhar para o Botafogo. Tem que fazer o melhor possível. Se eles perderem pontos e a gente somar, a distancia vai diminuir. Mas não tem que pensar nisso e fazer cada vez melhor o nosso trabalho — disse.

Em outra resposta sobre o jogo, Diniz rechaçou a ideia de ter uma escalação ideal em sua cabeça. O Flu foi modificado para as quartas de final da Libertadores, com a entrada de John Kennedy entre os titulares, o que foi repetido para enfrentar o Fortaleza.
— Formação ideal é uma coisa infantilizada. A vida é dinâmica. Existe muita imprevisibilidade no futebol. É criança que gosta de um mais um é igual a dois. Se eu boto o John Kennedy e a gente não ganha, a culpa é do John Kennedy. Agora parece uma super escalação. Os conceitos não são simples. Todo mundo quer resposta simples para fazer critica simples. Mas futebol é complexo. Ele jogou porque achei melhor. Desde que cheguei no Fluminense, jogamos de várias maneiras. Contra o São Paulo, falaram que tem só um jeito de jogar. Quando a gente erra, queremos achar uma solução fácil, mas ela não existe. Se eu botar o John Kennedy, vou considerar o melhor time possível para fazer os jogos.
Por https://trivela.com.br/
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