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31.10.22

Jovem Pan demite Caio Coppolla, Guilherme Fiuza e Augusto Nunes

 Publicado na noite de domingo (30), o texto editorial não cita nominalmente Lula e Bolsonaro, mas reforça uma defesa da democracia e indica que a emissora "não irá se omitir" caso ocorra algum golpe.

A Jovem Pan está em processo de mudança editorial. Em seu site oficial, a empresa de rádio, TV e internet publicou um texto reconhecendo a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e pedindo que Jair Bolsonaro faça o mesmo. Ao mesmo tempo, demitiu três de seus funcionários mais radicais, Guilherme Fiuza, Augusto Nunes e Caio Coppolla, e há rumores de que outros nomes os seguirão, numa mudança de rumo, após seu canal jornalístico, Jovem Pan News, tornar-se porta-voz da extrema direita no Brasil.

Publicado na noite de domingo (30), o texto editorial não cita nominalmente Lula e Bolsonaro, mas reforça uma defesa da democracia e indica que a emissora "não irá se omitir" caso ocorra algum golpe.

"Com a proclamação do presidente que conduzirá o país pelos próximos quatro anos, renovamos nosso compromisso com o Brasil, com a democracia, com a nossa Constituição cidadã e com os Poderes e Instituições que sustentam a nossa República", diz o trecho principal.

"Os candidatos que disputaram as eleições deste ano devem ter esse compromisso claro e serem os primeiros — tenham vencido ou não — a manifestar a defesa e a confiança na decisão soberana do povo", segue.

O texto ainda lista uma série de "pedidos" a Lula sobre bandeiras liberais que, na visão da emissora, devem ser defendidas no futuro governo. Pede, por exemplo, por "desestatização", que não foi feita por Bolsonaro, e que Lula combata as desigualdades sociais "sem assistencialismo barato", embora Bolsonaro tivesse praticado eleitoralmente o chamado "assistencialismo barato" com o programa Auxílio Brasil. Nada disso faz sentido nem como bandeira bolsonarista nem está alinhado ao plano de governo de Lula.

Por outro lado, a Jovem Pan sinalizou que não pretende ecoar eventuais ataques antidemocráticos de Bolsonaro. "Mais importante: a Jovem Pan não vai se omitir e jamais vai aceitar afrontas ao Estado Democrático de Direito e a destruição de nosso país".

Há boatos sobre motivos extras para a demissão de Coppola, que podem se tornar notícia mais adiante, mas que por enquanto estão no terreno da fofoca. De todo modo, sua saída não gerou a mesma deferência concedida a Augusto Nunes, que foi afastado com direito a comunicado padrão, com a desculpa da saída "em comum acordo", mas com alerta de "cláusula de confidencialidade".

"Em comum acordo, O Grupo Jovem Pan e o jornalista Augusto Nunes entenderam por bem pôr fim à parceria de trabalho que estava vigente há mais de cinco anos, através da empresa do Augusto, Lauda Comunicação Ltda, sem qualquer animosidade ou juízo de valor", diz o texto. "Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade. O Grupo Jovem Pan agradece o jornalista Augusto Nunes e deseja sucesso nas novas fronteiras que ele haverá de desbravar."

Circulam comentários de bastidores que outros nomes da Jovem Pan devem se juntar aos dois na lista de futuros YouTubers independentes da direita nacional.

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