Deputado ficou descontente ao ter sido chamado de disseminador de Fake News, mas voltou a repetir o mesmo argumento.
Após ter legitimado a notícia falsa de que as igrejas evangélicas seriam fechadas caso a esquerda volte a governar o país, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) emitiu nota oficial em que diz que possível governo de Lula em 2023 perseguiria os templos religiosos por meio da Receita Federal. "Se eles chegarem novamente ao poder não cometerão o que eles consideram 'os mesmos erros'. Vão aparelhar as Forças Armadas e o Itamaraty, emascular as polícias militares e perseguir a Igreja Evangélica", afirmou o parlamentar. De acordo com o discurso do deputado, esses seriam os três seguimentos que teriam dado base ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apoiador do chefe do Executivo, ele alegou que a hipótese do fechamento das igrejas se trata de uma opinião dele. As pautas identitárias defendidas pelo Partido dos Trabalhadores, de acordo com Feliciano, iriam de encontro com a existência da Igreja Evangélica. O parlamentar chega a citar outra fake news como a existência de um "kit gay", que segundo ele, só não entrou em vigor pela "firme atuação das bancadas Evangélica e Católica no Congresso".
Em 2018, fake news como como “kit gay”, “mamadeira de piroca” foram repetidas pela extrema direita. Em entrevista no "Jornal Nacional" , Bolsonaro levou um exemplar do livro "Aparelho Sexual e Cia", escrito por Hélène Bruner, e afirmou que o livro fez parte de um "kit gay" distribuído nas escolas brasileiras, o que foi desmentido tanto pela editora que publicou o livro no Brasil, Companhia das Letras, quanto pelo Ministério da Educação.
Entre os anos 2000 e 2010, período em que o PT esteve no poder por oito dos dez anos, o número de evangélicos aumentou em 61,45%, segundo dados do Censo Demográfico divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros.
Como divulgado pelo jornal O GLOBO, de janeiro de 2010 a fevereiro de 2017, 67.951 entidades se registraram na Receita Federal sob a rubrica de “organizações religiosas ou filosóficas”, uma média de 25 por dia. O fortalecimento do movimento neopentecostal foi apontado, à época, como motivo.
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