Em Salvador, ministro assina acordo com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses de vacina para 2022.
BRASÍLIA — O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que em caso de uma “terceira onda” de Covid no Brasil o país tem condições melhores de atendimento à população. Queiroga, no entanto, procurou mais uma vez tranquilizar os brasileiros em relação à nova variante Ômicron, detectada na África do Sul, e que voltou a assustar o mundo. Em Salvador, o minsitro assinou contrato para compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022.
— Há três dias foi anunciada uma nova variante, a variante Ômicron. Eu falei, é uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero. Não é uma variante de desespero porque nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade a nossa população — disse Queiroga na solenidade.
Segundo Queiroga, o governo reforçou a capacidade dos hospitais e praticamente duplicou o número de leitos, de 23 mil leitos para 42 mil leitos de UTIs , todos habilitados com valores de diárias dobradas e equipados com respiradores e bombas de infusão.
— Hoje, se houver uma eventual terceira onda teremos condições muito melhores de assistir a nossa população — afirmou o ministro, destacando que o governo também tem levado oxigênio para lugares remotos da região Norte do país.
No evento, o ministro não comentou o caso do brasileiro vindo da África do Sul que foi diagnosticado com Covid ao chegar em São Paulo. De acordo com a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o paciente já está em isolamento e ainda não há informações sobre se ele estaria com a nova variante.
Queiroga destacou também que o governo está investido na compra de vacinas. Para o próximo ano, a pasta conta com as doses da Pfizer, que podem ter uma expansão de mais 50 milhões, 120 milhões de doses da AstraZeneca, que ainda não tem contrato assinado, e outras 134 milhões de doses compradas neste ano e que estão sendo remanejadas para 2022. Todas as vacinas devem ter o registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
— Não há mais motivo de fazer aquisição de imunizantes com registro emergencial. Quer ter a possibilidade de fornecer vacinas para o SUS, registra na Anvisa, com registro definitivo — disse o ministro.
O titular da pasta, segundo o jornal "Estadão", descartou em entrevista após seu discurso antecipar o intervalo entre a 2ª dose e o reforço, hoje estipulado em cinco meses.
— Não se pode querer uma ciência self service. Para umas coisas, se quer evidência científica de nível A. Para outros, não tem evidência, só a opinião de um secretário municipal. Não pode ser assim — criticou o ministro.
Em uma transmissão ontem, o ministro também buscou tranquilizar os brasileiros afirmando que é preciso manter os mesmos cuidados das outras variantes.
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