Polícia Civil investiga caso de idosos que sofriam maus-tratos em abrigo irregular na cidade de João Pessoa.
Idosos e seus familiares de um abrigo interditado em João Pessoa, após denúncias de maus-tratos, começaram a ser ouvidos, nesta quarta-feira (07), pela delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso, Vera Lúcia Soares. Pelo menos 22 idosos estão internados no Hospital Padre Zé, na Capital, depois que foram resgatados por equipes do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Ao ClickPB, a delegada contou que durante a manhã de hoje ouviu um idoso e o filho dele que estava no local. “Ele disse que soube do caso pela televisão e que ficou assustado. Disse que nunca esperava que a instituição fizesse tudo aquilo que foi mostrado”, comentou ao portal. O filho relatou que o pai foi para o abrigo foi combinado entre os irmãos e o idoso, que tem um filho com necessidades especiais e que é cuidado pela irmã que ainda tem um filho pequeno.
“Ele contou que é curador do irmão que é especial e a irmã é quem toma conta porque ele não pode. Mas disse que vai todo dia ajudar a irmã e por isso não teria condições de ficar com o idoso”, afirmou, destacando ter sido informada de que o idoso ainda seria alcóolatra. “E ele disse que se ficasse em casa ele [idoso] poderia fugir para beber”, frisou.
Vera Lúcia Soares informou ao ClickPB que vai ouvir idosos, familiares, funcionários do abrigo e profissionais de saúde que atenderam esses pacientes. “Precisamos um por um e não pode ser tudo de uma vez. Estamos investigando”, afirmou, destacando que é necessário seguir os cuidados restritivos para evitar a contaminação pelo coronavírus.
Sobre o caso dos três óbitos de moradores do abrigo interditado, contou que recebeu essas informações e que também será apurado. “Por isso precisamos interrogar todo mundo para saber o que estava acontecendo”, afirmou. Alguns idosos que estavam debilitados foram internados no Hospital Padre Zé, onde a delegada começou a ouvi-los. Outros para outros hospitais, inclusive um com Covid-19, e também para unidades de acolhimentos. Alguns também já foram levados pelas famílias.
Por ClickPB
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