Maguito se afastou da campanha ainda no primeiro turno após ser diagnosticado com coronavírus.
A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, nesta terça-feira (29), projeto de resolução que autoriza a posse virtual para eleitos que apresentarem atestado médico.
Maguito se afastou da campanha ainda no primeiro turno após ser diagnosticado com a doença provocada pelo novo coronavírus. Ficou sedado e inconsciente durante todo o restante do período eleitoral.
Em 22 de outubro, ele havia sido levado para UTI de um complexo de saúde na capital, de onde foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, com comprometimento de 75% dos pulmões.
No dia 29 de novembro, ele foi avisado pela equipe médica que havia ganhado as eleições com 52,6% dos votos válidos.
Maguito não está mais infectado pelo coronavírus, de acordo com o hospital. Segundo o último boletim médico, ele segue na UTI, em diálise, sedação leve, traqueostomizado, em pressão de suporte com níveis adequados de oxigenação e responde a estímulos em programa de reabilitação.
Apresentada pela Mesa Diretora, a resolução aprovada pela Câmara Municipal altera o regimento interno da casa para permitir, excepcionalmente, a posse virtual durante a pandemia. Autor da proposta e integrante da comissão de transição, o vereador Andrey Azeredo (MDB) diz que o objetivo da medida é garantir possibilidade para Maguito tomar posse.
O presidente da comissão e filho de Maguito, Daniel Vilela, afirma que somente na quinta-feira (31) haverá decisão sobre o formato da posse, de acordo com as condições do prefeito eleito no dia, por conta da instabilidade do estado de saúde dele. Ele diz que a posse virtual é uma alternativa, mas ressalta que outras possibilidades estão sendo analisadas.
A Lei Orgânica do Município prevê prazo de dez dias para a posse, a não ser que haja motivos de força maior que a impeça, comprovados e aceitos pela Câmara.
Até então, a comissão de transição cogitava a posse apenas do vice-prefeito eleito, vereador Rogério Cruz (Republicanos), até que Maguito tivesse condições de saúde aptas para assumir o mandato.
A câmara municipal chegou a estudar a possibilidade de convocação extraordinária para aprovar o adiamento da posse, com envio de uma mensagem ao Legislativo municipal por parte do MDB, acompanhada de atestados e pedido de posse em outra data. No entanto, com a posse no dia 1°, a votação perderia sentido.
O regimento da Câmara prevê que os empossados deverão prestar compromisso, com acompanhamento da leitura realizada pelo presidente da sessão, e depois assinar o livro de termo de posse. Como está internado e ainda sem falar, a expectativa da comissão de transição é de que Maguito possa consentir com o juramento por meio de gesto e assinatura eletrônica.
A comissão explica que outra possibilidade é de o emedebista estar acompanhado de um tabelião cartorial no momento para confirmar a posse ou ainda de vereadores que iriam ao hospital para comprovar seu desejo de assumir o mandato e assinar o documento.
Em meio ao cenário de incerteza sobre a posse do próximo prefeito de Goiânia, a equipe de transição ainda não divulgou os nomes dos secretários municipais, mas é certo que a capital terá mais secretarias no novo governo. Em dezembro, o vice-prefeito eleito disse que Maguito iria validar a lista de secretários com gestos.
A equipe de transição já colocou em prática algumas propostas de campanha. Maguito prometeu criar secretarias de esportes e de projetos. Uma minirreforma administrativa foi enviada para a Câmara e aprovada em dezembro, criando cinco novas secretarias e mais de 200 cargos.
Também foi aprovado projeto de IPTU social, que concede isenção do imposto a quem tem imóvel popular ou foi afetado pela pandemia.
O emedebista disputou a Prefeitura de Goiânia pela primeira vez nestas eleições. Ele é natural de Jataí, a 320 quilômetros da capital. Já foi vereador da cidade do interior, deputado estadual e federal, vice-governador e governador de Goiás, senador e, mais recentemente, prefeito de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.
POR FOLHAPRESS
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