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4.9.20

Mais de 600 mil fizeram testes rápidos para Covid-19 em farmárcias; 14,4% foram infectados

Do total, 14,4% apresentou resultado positivo para a presença anticorpos para o Sars_CoV_2, uma soma de 87.427.

Ainda segundo o infectologista, os testes sequer são indicados por médicos, "uma vez que o resultado não serve para liberar pessoas da quarentena". (Foto: Reprodução)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Mais de 600 mil brasileiros realizaram testes sorológicos de farmácia para confirmar se tinham ou não anticorpos para o novo coronavírus entre os dias 6 de maio e 13 de agosto, segundo levantamento realizado pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
Do total, 14,4% apresentou resultado positivo para a presença anticorpos para o Sars_CoV_2, uma soma de 87.427. O levantamento analisou aplicações de testes em 2.067 farmácias em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.
O percentual de resultados positivos se manteve estável em comparação ao levantamento anterior que indicava presença de anticorpos em 15% do total.
O Amapá, estado em que apenas uma farmácia participou do levantamento, teve a maior taxa de casos positivos do país no intervalo analisado com 29,7% das 1.390 amostras colhidas.
São Paulo, por sua vez, teve o maior número de testes realizados, foram 281.624 testagens em 1.172 farmácias com uma taxa de resultados positivos de 12,5%.
De maneira geral, os estados das regiões Norte e Nordeste foram os que apresentaram os maiores percentuais de resultados positivos.
Apesr disso, não é possível dizer com certeza quantas dos mais de 600 mil testes produziram resultados confiáveis. Os exames de farmácia indicam a presença de anticorpos para o novo coronavírus, mas não indicam a doença. Ou seja, apenas é possível saber se a pessoa já teve contato com o vírus ou não.
Leonardo Weissmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que a presença de anticorpos não garante que o paciente tenha uma imunidade duradoura e que não possa ser infectado novamente.
A preocupação causada pelos riscos que o vírus oferece justificam o interesse dos brasileiros em confirmar se foram ou não infectados, uma vez que exames precisos e que detectam a presença do vírus custam mais caro e costumam requerer um pedido médico para sua realização.
No entanto, os resultados oferecidos pelos testes de farmácia não servem como diagnóstico, segundo o Conselho Nacional de Saúde (CNS), uma instância do SUS (Sistema Único de Saúde) e parte do Ministério da Saúde. Os resultados podem variar de acordo com o período de incubação em que o paciente se encontra no momento da testagem.
"Em um momento inicial, existe a chance de resultados falso-negativos. O teste só funcionaria depois de 10 a 14 dias da infecção. Além disso, há a questão de eficácia destes testes. Existem diversas marcas no mercado e não se pode garantir a qualidade e o resultado de todas elas", explica Weissmann.
Ainda segundo o infectologista, os testes sequer são indicados por médicos, "uma vez que o resultado não serve para liberar pessoas da quarentena".
Caso manifeste os sintomas da Covid-19, a indicação é procurar um médico. Havendo suspeita, o clínico geral poderá requerer exames como tomografia dos pulmões e o teste PCR -realizado a partir de amostras das mucosas da garganta e do nariz.
Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre quantos testes rápidos ou PCR foram aplicados no Brasil até o momento.
O portal da ministério, no entanto, informa já que foram disponibilizados mais de 14 milhões de testes, sendo 6,4 milhões do tipo PCR (44,4%) e 8 milhões de testes rápidos (55,6%), tudo a custo de R$ 346,8 milhões.
A região sudeste foi a que mais recebeu testes, cerca de 2,6 milhões, seguida pela região Nordeste, com 1,3 milhão, e pela região Sul, com 1,1 milhão.
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