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20.2.20

Comissão diz que estudante denunciou agressões cometidas por seguranças à UFPB desde 2016

Clayton Tomaz de Souza, estudante da UFPB encontrado morto em praia, tinha registrado queixa na ouvidoria — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
A comissão formada na quarta-feira (19) pelo Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para acompanhar as investigações da morte do estudante de filosofia Clayton Tomaz de Sousa, de 31 anos, emitiu uma nota de esclarecimento apontando que o universitário comunicou à instituição sobre agressões que teriam sido praticadas por seguranças de iniciativa privada que trabalham no local.
Alph, como a vítima era conhecida, foi encontrado morto no dia 8 de fevereiro, em estado de decomposição, com marcas de tiros, em uma mata às margens de uma estrada em Gramame. O corpo foi identificado pelo pai da vítima na segunda-feira (17).
O documento diz que “ao contrário de posicionamentos da atual administração da UFPB que vem repercutindo na mídia, Alph, como o estudante era conhecido, por diversas vezes movimentou instâncias da própria Instituição”.
A assessoria de comunicação da UFPB informou que tem conhecimento apenas sobre a criação do grupo.
A professora Mônica Nóbrega, que é integrante da comissão, reforçou a finalidade de atuação do grupo. “Não podemos deixar que seja esquecido. Precisamos realmente saber o que aconteceu”, destacou.
A primeira denúncia feita pelo aluno foi registrada em março de 2016, após um conflito dentro da UFPB. O estudante foi detido e relatou ter sido torturado por agentes da segurança privada da universidade. O caso foi relatado em uma representação entregue ao Ministério Público Federal no mesmo ano.
De acordo com o procurador José Godoy, o dossiê com as denúncias foi recebido pelo MPF em 2016, quando foi instaurado um procedimento para apurar o caso. Medidas administrativas foram adotadas na UFPB, como identificação dos guardas nas fardas e realização de cursos em direitos humanos para eles. Depois, o procedimento foi arquivado.
Ainda conforme o MPF, há um outro procedimento em curso, aberto em setembro de 2019, que está sob sigilo. No momento, o caso está suspenso no MPF até a conclusão do inquérito que está em curso na Polícia Civil. O estudante seria ouvido quando foi encontrado morto.
A ouvidoria da UFPB confirmou que recebeu a denúncia de Alph em 2019. O órgão justificou que “não investiga, processa ou pune ninguém”. Informou ainda que as manifestações recebidas podem dar início a sindicâncias, processos éticos ou disciplinares que são responsabilidade das unidades administrativas.
Conforme a nota, o vídeo que publicado em redes sociais pela vítima e que está sendo investigado pela polícia, é um dos momentos em que o jovem mostrou a preocupação que tinha em sofrer novas supostas agressões.
G1
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