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2.4.19

Quatro suspeitos são procurados por assalto na UEPB

Aulas na instituição foram retomadas nesta terça, mas com presença reduzida de alunos, que ainda estão traumatizados com o ocorrido

Suspeitos foram filmados por câmeras de segurança (Foto: reprodução/TV Correio)
Um dia após um assalto a um carro-forte que abastecia o banco Santander dentro do campus 1 da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, as aulas foram retomadas, mas com presença reduzida de alunos, que ainda estão traumatizados. As imagens dos suspeitos foram gravadas por câmeras de segurança e divulgadas na TV Correio. Na UEPB, estudante e funcionários estão recebendo acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos.
Em entrevista à repórter Daniela Pimentel, da TV Correio, a aluna Natália Rodrigues relatou o grande susto no momento em que os tiros começaram a ser disparados. “A gente estava se preparando para descer e de repente todo mundo gritando e correndo. Um colega nosso pulou da janela e outro pulou do primeiro andar. Hoje a gente procurou se comunicar para todo mundo ficar bem”, disse Natália.
Uma das estudantes que pulou uma das janelas do campus foi Maria Alessandra. Segundo ela, o salto foi motivado por medo de que o ataque se tratasse de um massacre contra alunos da instituição. Além dela, outros dois estudantes continuam internados por ferimentos.
“A gente viu um pessoal correndo pelo corredor, todo mundo em desespero achando que era um massacre e começou a pular. Várias pessoas fraturaram o tornozelo e tiveram arranhões. Foi um desespero total”, contou Maria Alessandra.

Caixas não receberão mais abastecimento

Também em entrevista, o reitor da UEPB, Rangel Júnior, contou que já determinou, pela segunda vez, que o banco não abasteça mais os caixas eletrônicos na instituição.
“No nosso contrato com o banco não havia a obrigatoriedade de abastecer. Quando o banco instalou essa estrutura, a condição era de que toda movimentação deveria ser eletrônica. Posteriormente, com muita pressão da comunidade que queria ter uma facilidade na movimentação de dinheiro, cedemos. O que restou provado é que tínhamos razão quando vetamos a movimentação. Daqui para frente isso não será mais permitido”, afirmou Rangel Júnior.

Segurança relata ataque

Também em entrevista, o segurança Erinaldo Barbosa, que estava no local do ataque no momento dos disparos, relatou como a ação dos bandidos aconteceu e que reagiu mesmo estando armado apenas com um revólver.
“Na hora que eu estava lá, vi entrando um moreno com uma mochila, observei e pensei que era não era daqui, mas fiquei na minha. Depois apareceu o carro-forte e o segurança veio. Quando ele voltou e veio o rapaz com o malote, esse moreno que eu vi antes apontou a arma em minha direção e eu revidei. Nisso passou o outro bandido com o fuzil e efetuei mais quatro disparos, foi quando a munição do meu revólver acabou e eu tive que correr. Foi na hora que um deles efetuou dois disparos contra mim, me acertando nas duas pernas”, contou Erinaldo.

MP-Procon vai apurar responsabilidade do banco

Um procedimento administrativo instaurado pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon) vai apurar a responsabilidade administrativa e civil do banco Santander no assalto.
Segundo o promotor de Justiça, Sócrates Agra, o processo vai tem base no Código de Defesa do Consumidor e na súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que diz que “as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”.
“É dever de todo e qualquer prestador de serviço a colocação, no mercado de consumo, de serviço seguro e que não coloque em risco a saúde e segurança dos consumidores. Cabe as instituições financeiras, no âmbito de suas agências, a adoção de todas as medidas administrativas para salvaguardar a segurança dos consumidores e funcionários, ante o caráter objetivo de sua responsabilidade”, argumentou o promotor.
Além de apurar o ilícito administrativo e civil, o procedimento tem como objetivo exigir também da instituição financeira que adote medidas de segurança contínuas e eficientes na agência, segundo a normativa federal, especialmente por estar localizada em uma universidade.
O banco terá o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa escrita, na forma do que dispõe a Lei Complementar Estadual nº126/2015.

Crime

Uma estudante e um vigilante da UEPB foram baleados durante um assalto a um carro-forte que abastecia o banco Santander dentro do campus. Vigilantes da UEPB teriam reagido e houve troca de tiros. O crime ocorreu no início da manhã e, devido ao tumulto ocasionado, na correria, alguns estudantes, além dos atingidos, se machucaram, sem gravidade.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local para atendimento dos feridos. A maioria dos ferimentos era por torções causadas pela tentativa de fugir correndo ou pulando de alguns pontos mais altos para sair do local.
A Polícia Militar chegou ao local poucos minutos depois e seguiu em perseguição aos bandidos, que fugiram em dois carros. Na Central de Integração Acadêmica, a Polícia Civil trabalhou na perícia do espaço.
Fonte: Portal Correio
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