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4.2.19

Vídeo: Dinheiro desviado da saúde na PB e RJ era entregue em caixas de vinho, aponta MP

A organização foi alvo da Operação Calvário
Dinheiro público desviado em uma esquema de corrupção envolvendo instituições administradoras de unidades de saúde do Rio de Janeiro e da Paraíba eram entregues até mesmo em caixas de vinho, aponta o Ministério Público e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Em reportagem veiculada pelo jornalístico ‘Fantástico’, na noite deste domingo (3), o MP deu detalhes das investigações.
A Cruz Vermelha é considerada uma instituição séria, que tem a missão histórica de proteger a vida e a saúde no mundo todo, mas no Brasil a corrupção não poupou nem a instituição. Segundo o Ministério Público, uma organização criminosa atuava através de organizações sociais. Elas eram usadas como laranjas para desvio de recursos.
A Cruz Vermelha e o Instituto de Psicologia Educacional e Profissional (IPCEP) administravam hospitais e postos de saúde na Paraíba e no Rio de Janeiro, contratos de R$ 1,7 bilhão eram desviados. Segundo a investigação, o dinheiro desviado era guardando em um carro (carro banco) e até mesmo distribuindo através de uma espécie de “propina delivery” (em caixas de vinho).
O Ministério Público aponta Daniel Gomes da Silva como o principal cérebro da organização. Ele já havia sido dirigente da ‘Toesa Service’ anteriormente, e agora estava operando através de organizações sociais. A investigação aponta que a lista de hospitais e postos de saúde nas mãos da quadrilha era grande e que os contratos eram vigentes entre 2011 e 2018.
“A organização criminosa basicamente funcionava através da contratação de serviços de empresas que eram associadas ou até mesmo controladas pelo comandante, que é o Daniel Gomes da Silva. Elas tinham, com ele, um acerto para devolução de parcela dos valores pagos”, relatou o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Um flagrante de repasse foi registrado por câmeras de segurança de um hotel de luxo, em agosto do ano passado, no Rio. A secretária de Daniel chega até o estabelecimento com uma caixa na mão. Ela se senta para tomar café e, em seguida, aparece então Leandro Nunes Azevedo, então assessor da secretaria de administração da Paraíba. Leandro foi nomeado em 2017 para ser gestor de contratos. No vídeo, Leandro conversa com a secretária por aproximadamente três minutos, vai ao balcão assinar a comanda do cafezinho, volta, pega a caixa e sai.
Leandro foi preso na última sexta-feira (1), na segunda fase da Operação Calvário. Nesta fase foram cumpridos também mandados de busca e apreensão nas residências da atual secretaria de administração da Paraíba e do atual secretário de planejamento do Estado, que foi secretário de saúde no governo de Ricardo Coutinho.
Em nota, a Cruz Vermelha brasileira diz que Daniel Gomes da Silva foi afastado do Conselho Nacional da instituição. A nota diz também que as empresas prestadoras de serviços suspeitas de participar de um esquema de fraudes foram substituídas e tiveram os contratos rescindidos.
A defesa de Daniel Gomes da Silva disse que vai provar a inocência dele. Advogados de Michele Lousada Cardoso afirma que ela nunca praticou ou concordou que se praticasse qualquer ato ilícito.
O Governo do Rio de Janeiro informou que iniciou auditoria nos contratos das organizações sociais e a prefeitura do Rio disse que está apurando o dano real aos cofres públicos e que tem por objetivo a devolução de todos os valores.
O Governo da Paraíba afirma que não tem nenhum apuração equilibrada e imparcial dos fatos e estará sempre à disposição para prestar informações e assegurar transparência nos atos administrativos.
Fonte: noticiasaominuto
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