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2.11.18

Saiba como controlar a psoríase, doença de pele que afeta vida social

A psoríase é uma doença de pele crônica, não contagiosa, que afeta 3% da população mundial. Sua principal característica é coceira e descamação. Segundo a dermatologista Gabriella Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-RJ), é resultado da combinação da atuação do sistema imunológico, do ambiente e da genética. Ela explica que não há causa definida, mas a hipótese é que se desenvolva quando os linfócitos T, células responsáveis pela defesa do organismo, liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos.

Como resposta a essas substâncias inflamatórias, os vasos sanguíneos da pele se dilatam, permitindo a infiltração de células de defesa, chamadas neutrófilos. Como as células da pele estão sendo atacadas pelo próprio corpo, sua produção cresce, evoluindo mais rapidamente. Com essa rapidez, a pele apresenta escamação devido à imaturidade das células. A impossibilidade de eliminação das células mortas resulta em manchas espessas e escamosas.

A psoríase pode se manifestar em qualquer local do corpo. Os mais comuns são joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Pode se manifestar como placas de poucos centímetros assim como atingir toda a pele. A dermatologista afirma que, embora a manifestação apareça apenas na pele, a psoríase pode acometer também as articulações. A inflamação ainda pode ter sintomas como manchas vermelhas com escamas secas, pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento, coceira, queimação e dor, unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões, inchaço e dor nas articulações.

Segundo a dermatologista, a taxa de psoríase é a mesma entre homens e mulheres. Gabriella afirma que existem alguns fatores de risco para a condição, como o histórico familiar. De acordo com a médica, cerca de 40% dos pacientes têm familiares com psoríase, e sua manifestação, geralmente, acontece a partir dos 15 anos.

Entre os tipos de psoríase, estão placas com manchas vermelhas e placas secas; a ungueal, que afeta unhas, com crescimento anormal, mudança de forma ou cor e descolamento; a de couro cabeludo, que cria placas vermelhas e descamação parecida com a a caspa; a psoríase invertida, que afeta áreas úmidas, como a axila, virilha e em baixo dos seios. Existem, também, psoríases que apresentam outras manifestações, como o pus, febre e dores nas articulações.

A dermatologista afirma que o quadro da psoríase afeta a autoestima, podendo levar o paciente, com vergonha do aspecto da doença de pele, ao isolamento. Ela afirma que um método para disfarçar o quadro é a aplicação de bases corretivas, quando as feridas não estiverem inflamadas. Entretanto, a maquiagem não impedirá coceira e dores.

Segundo a dermatologista, a psoríase tem graus de intensidade, classificados pelo tamanho, vermelhidão, inchaço, sintomas e quanto da pele foi acometida . Entretanto, ela explica que a condição pode ser agravada no inverno, pois o frio provoca o ressecamento da pele. Outros fatores que pioraram o quadro são o estresse, pois o nível elevado leva à diminuição da imunidade, obesidade, pois aumenta o risco de desenvolver a psoríase invertida, e tabagismo, que aumenta a chance de desenvolvimento da psoríase e agrava seus sintomas .

Se a psoríase não for diagnosticada corretamente e rapidamente, o quadro pode piorar e gerar destruição das articulações. A inflamação, segundo a médica, ainda libera substâncias que prejudicam o coração. Gabriella afirma que, por tais consequências, é recomendado que o paciente tenha acompanhamento dermatológico, cardiológico e reumatológico.

A dermatologista afirma que, por muitas pessoas não conheceram a psoríase, consequentemente, elas não sabem lidar, pois podem achar que é contagiosa, isolando quem a tem. Gabriella afirma que é importante que o paciente que tenha psoríase receba cuidados e seja acolhidos pelos amigos e pela família, para que não sinta vergonha de estar descamando.

Gabriella afirma que a psoríase pode ser confundida com outros problemas de pele, como micoses e alergias, pois ambas podem causar coceira e vermelhidão. No caso da micose, ela pode, também, apresentar algum tipo de descamação. A médica alerta que é necessário procurar orientação de um dermatologista para o diagnóstico e tratamento corretos.

O banho de sol é recomendado para graus leves de psoríase, pois ajuda a reduzir a inflamação na pele. Já banhos quentes, por exemplo, não são indicados, segundo a dermatologista, pois removem a camada de proteção da pele, piorando o quadro. A médica orienta um estilo de vida saudável, pois também ajuda a controlar a doença.

A dermatologista afirma que os tratamentos vão desde hidratantes, cremes medicamentosos e protetores solares, cremes e protetores solares, medicamentos ou injeções de Metotrexato, e fototerapia, por meio da exposição à luz ultravioleta, que diminuem as manchas e evitam o surgimento de novas.


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