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17.7.18

Superstições são desvio do sentimento religioso, ensina Catecismo da Igreja Católica

Por Silvânia Santana

Superstições, fazem parte do cotidiano de muitas pessoas pelo mundo a fora, e não é diferente aqui, entre nós, que cercam o imaginário popular brasileiro visando realizações e conquistas. O sucesso será alcançado, de acordo com esses costumes, caso sejam ingeridos determinados alimentos, dependendo da cor da roupa ou de gestos que devem ser repetidos, como também de objetos, que as pessoas procuram ter como amuletos, horóscopos, entre outras coisas . 

Para os cristãos, o que significa esta prática?
O Catecismo da Igreja Católica alerta para as superstições e a idolatria. O parágrafo 2111 afirma ser a superstição “um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe”. Elas podem afetar o culto prestado ao verdadeiro Deus: “por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágico a certas práticas, ou objetos”.
O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, em artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), chama atenção para “o ser cristão”: “Pode haver cristãos, que vivem como se o Batismo nada tivesse modificado em suas vidas: vivem como se não fossem cristãos. Ou pode haver aqueles que procuram praticar a religião apenas de forma exterior e ritual, sem que a orientação de sua vida e seu comportamento sejam impregnados por Cristo e pelo seu Evangelho”.
Segundo o cardeal, o ser cristão manifesta-se na vida “conforme Cristo” ou “segundo o Espírito de Cristo”, citando expressões de São Paulo. O apóstolo, na carta aos Gálatas, exortou os fiéis que eram tentados a tornar novamente às práticas da Lei Mosaica, como se nelas, em vez de Cristo, estivessem a sua segurança e salvação.
Dom Odilo continuou destacando que a liberdade dos cristãos está em viver livres do temor, “confiantes em Deus”. Também recordando os livros paulinos, salienta: “Paulo vai logo às consequências: ‘não se deixem escravizar novamente!’.
E o diz em dois sentidos: não abandonar a graça imensa da fé em Cristo, para submeter-se de novo a práticas que escravizam e tiram a soberana liberdade de filhos de Deus, mediante uma religião do temor, ou uma religião feita apenas de práticas humanas, sem contar com a graça de Deus e a ação do Espírito de Cristo; ou então, deixar-se escravizar pelas paixões humanas desordenadas e pelos vícios.
As práticas e paixões humanas que escravizam um considerável número de católicos que recorrem a tais costumes, às vezes até com sincretismo religioso, dão força de solução e de poder, a energias desconhecidas, poderes misteriosos e, no caso a maus acontecimentos, a espíritos malfazejos.
“O ser cristão, portanto, aparece numa forma nova de viver que, de um lado, é graça de Deus e, de outro, fruto do esforço coerente para orientar a vida para Deus, conforme o exemplo e o ensinamento de Cristo”, ensina dom Odilo. O viver cristão, conclui, é “uma proposta de ‘vida nova’, orientada pelo Espírito de Cristo”. Segundo o cardeal, isso requer a superação dos vícios e das práticas contrárias a Deus e ao próximo, ou contra a própria dignidade; ao mesmo tempo, a vida cristã floresce em todo tipo de belas virtudes, que tornam o viver nobre e santo.

Matéria atualizada por Informativo em Foco/CNBB
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