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8.5.18

Doença de Parkinson: o que é e quais seus tratamentos e sintomas

Esse mal, com o qual a mãe de Xuxa (Dona Alda) conviveu por anos antes de morrer, nem sempre tem nos tremores seu primeiro e único sinal

Por Diogo Sponchiato / Saúde Abril
O Parkinson, hoje, é mais possível de ser controlado
 (Foto: Alex Silva/A2 Estúdio)
doença de Parkinson (com a qual a mãe de Xuxa, Dona Alda Meneghel, conviveu por anos antes de morrer) é marcada pela degeneração progressiva dos neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, intimamente relacionados ao domínio sobre os movimentos do corpo. Esse processo de destruição das células nervosas ocorre em vários cantos do cérebro e gera, na maioria das vezes, sintomas como rigidez muscular e tremores involuntários.
No entanto, nem sempre são eles que denunciam o quadro. Há parkinsonianos que nunca apresentam esse sintoma – e vale esclarecer que os tremores podem ser sinal de outros problemas. O Parkinson também não pode ser enquadrado como doença da terceira idade. “De 10 a 20% dos episódios ocorrem antes dos 40 anos”, lembra Henrique Ballalai, neurologista da Universidade Federal de São Paulo.
Por isso, diante dos sinais elencados abaixo, o conselho é procurar um neurologista. Até porque essa versão prematura do transtorno tem progressão mais grave.

Sintomas do Parkinson

  • Tremores involuntários em situação de repouso
  • Rigidez muscular
  • Lentidão de movimentos
  • Passos mais lentos e arrastados
  • Perda das expressões faciais
  • Depressão
  • Dores musculares constantes
  • Constipação

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do Parkinson leva em conta justamente o que o médico nota e o paciente sente. É possível lançar mão de métodos de imagem para afastar outras doenças, mas não há um exame de sangue que o acuse.
A detecção precoce faz, como sempre, a diferença. Infelizmente, metade dos episódios só é desvendada em fase avançada e ainda há uma fração considerável que desconhece ser portadora do problema.
Desmascarar o Parkinson não significa apenas estabelecer um tratamento, mas convencer o paciente de que seu problema, compartilhado por outros 4 milhões de pessoas mundo afora, é passível de controle por anos. Com os avanços recentes, tratar a doença é uma tarefa mais bem-sucedida.
Apesar de ela ser progressiva e não ter cura, as terapias tendem a domar os sintomas e permitir que o indivíduo leve sua vida adiante, continuando, se for o caso, a exercer sua profissão. Entre os recursos terapêuticos, estão drogas, fisioterapia, cirurgia e até o implante de um marcapasso cerebral que silencia o tremelique e a rigidez muscular.
O neuroestimulador debela sinais nervosos fora de prumo que disparam as manifestações clássicas do distúrbio. O candidato ideal a esse procedimento é aquele em idade produtiva que quer retomar suas atividades habituais e cujos sintomas não são combatidos satisfatoriamente pelos remédios.
No entanto, mesmo assim com o tempo as consequências do Parkinson podem, direta ou indiretamente, ameaçar a vida do paciente. Além disso, as causas da doença são desconhecidas – sabe-se que familiares de pessoas com ela possuem um risco um pouco maior de desenvolvê-la


O arsenal contra a doença hoje

Medicamentos: existem diversas classes de comprimidos receitadas para controlar os sintomas. A maioria busca elevar a concentração do neurotransmissor dopamina, que se encontra baixa demais. As doses são ajustadas e os remédios podem ser combinados para promover um efeito sinérgico.
Fisioterapia: as sessões são coadjuvantes, mas não menos importantes no tratamento. Elas visam melhorar a rigidez muscular, a instabilidade da postura e a lentificação dos movimentos dos membros superiores.
Cirurgia: o procedimento tradicional causa lesões por radiofrequência em pontos do cérebro que ficam ativos em demasia. São eles que geram uma desarmonia e a piora dos sintomas.
Neuroestimulador: é um marcapasso cerebral, instalado dentro da cabeça em uma cirurgia, programado para bloquear os sinais nervosos que resultariam nos tremores e na rigidez muscular.
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