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16.4.18

Governador de SP defende chapa com Alckmin e Barbosa para a presidência

Márcio França disse que pretende convencer seu partido, o PSB, sobre a aliança, até as convenções de julho

Rovena Rosa/Agência Brasil
O governador de São Paulo Márcio França (PSB) defendeu a formação de uma chapa entre Geraldo Alckmin, de quem é sucessor, e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) para a Presidência. Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira (16), França disse que pretende convencer seu partido até as convenções de julho, nas quais são oficializados os nomes para as eleições, a unir os dois nomes.
"Quem sabe até lá não convenço o nosso partido de trabalhar para o Alckmin e quem sabe encontrar um jeito de juntar a figura importante, carismática do ex-ministro Joaquim Barbosa ao governador Alckmin. Seria uma grande chapa, fabulosa. Juntaria uma pouco da novidade, a altivez, altitude moral do Joaquim Barbosa -que não é um político, mas é muito querido-com Alckmin.
Questionado se trabalha para que Barbosa -que aparece no Datafolha com 10% das intenções de voto- seja vice de Alckmin, o governador afirmou: "Eu trabalho pelo Brasil", destacando que deseja ver os números alcançados no estado em diferentes áreas no restante do país.
França comentou os números da pesquisa Datafolha na disputa pela Presidência, que mostram o tucano alcançando apenas 8% do eleitorado. "Me parece injusto. Convivi com esse moço por sete anos e posso garantir que nunca convivi com alguém tão idôneo. Exemplar e rigoroso com ele próprio. Quando as pessoas pedem por alguém ser correto, esse alguém é o Alckmin. Gostaria muito que São Paulo reconhecesse Alckmin como o melhor candidato", afirmou.
O governador disse que Alckmin é prejudicado pela indefinição de alianças partidárias, mas fez questão de afirmar várias vezes que o pré-candidato do PSDB é aquele que apresenta as qualidades que o Brasil precisa: segurança e estabilidade.
Sobre a possibilidade do ex-prefeito João Doria tentar se colocar como candidato à Presidência, França voltou a dizer que seu rival na disputa pelo governo do estado não tem palavra. "Quem não tem palavra, pode tudo", disse. Segundo ele, Doria não pode ficar especulando, pois isso é ruim para Alckmin.
Chamado por Doria de "Márcio Cuba", o governador chamou a atitude de criancice e disse não ter problemas com ele, mas com o fato de não ter cumprido o mandato de prefeito para o qual foi eleito. França disse ter ido à casa do tucano e dito a ele que sua situação era frágil.
Ao comentar os dados do Datafolha para o governo do estado, que o mostram com 8% das intenções de voto, atrás de Doria e Paulo Skaf (MDB), França disse que achou um "excelente começo", chamando atenção para o fato da mesma pesquisa mostrar que ele é conhecido por uma pequena parcela do eleitorado. "Se 9% me conhecem e 8% votam em mim, é quase um fenômeno", afirmou.
O governador mencionou disputas anteriores e se mostrou otimista sobre a perspectiva de crescimento conforme a população o conhecer. "Se tenho a menor rejeição, mais tempo de rádio e televisão no programa eleitoral porque tenho mais partidos que me apoiam, e 80% dos prefeitos do interior me apoiando, é possível que eu cresça. Ainda não sei quanto", declarou.
SEGURANÇA
França também respondeu a questionamentos dos ouvintes sobre a discussão em torno da transferência da Polícia Civil da alçada da Secretaria da Segurança Pública para a pasta da Justiça. O governador disse que a mudança dependerá dos integrantes da categoria e da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Sobre a declaração após tomar posse de que a polícia poderia ser mais eficiente se não atendesse a tantas brigas domésticas, França disse que não se referia a "brigas de casal", exemplificando que a PM é chamada para resolver desde brigas no bar a crises de esquizofrenia e problemas de usuários de drogas com a família, o que na avaliação dele expõe o policial desnecessariamente. O governador defende que esses casos sejam direcionados para agentes sociais, que fariam o trabalho de modo mais apropriado.
França defendeu ainda a ampliação do acesso de jovens ao ensino universitário por meio de cursos à distância, uma marca que pretende deixar caso reeleito, e anunciou que o governo fará macroanel por fora do Rodoanel. 

Folhapress
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