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30.9.17

PM acusado de matar atleta de hóquei em SP é exonerado

Agente já era investigado por tráfico de drogas


O Comando da Polícia Militar em São Paulo decidiu exonerar o soldado Jarbas Colferai Neto, de 23 anos, apontado como o autor do homicídio do atleta da seleção brasileira de hóquei, Matheus Garcia, de 24, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Antes do crime, ele era investigado por envolvimento com o tráfico de drogas.
Segundo a polícia, Matheus foi vítima de uma emboscada feita pelo policial, que acreditava estar sendo traído pela namorada. O jovem foi alvo de um tiro na nuca na Rua Nicolau Guirão Perez, no Centro da cidade. Mesmo socorrido, acabou não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
Jarbas estava na corporação há um ano e era alvo de processo administrativo interno, desde o segundo semestre de 2016, depois que oficiais o flagraram com porções de maconha e cocaína no 39º Batalhão da Polícia Militar, em São Vicente. As drogas tinham sido escondidas no armário dele na unidade.
A decisão da exoneração foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira (29) e foi assinada pelo comandante da corporação. No texto, a expulsão do policial é justificada pela falta de comprometimento dele com os valores éticos e disciplinares da Polícia Militar, resultando no afastamento definitivo.
Ainda na sexta-feira, Jarbas foi retirado do Presídio Militar Romão Gomes na capital para participar da reconstituição da execução. Ele foi levado até a delegada, mas se recusou a participar. O motorista de um aplicativo de transportes que o levou até o crime e está preso aceitou integrar a simulação.
O caso
Matheus foi baleado na nuca, na noite do dia 18 de setembro, em São Vicente. Ele foi encontrado ainda com vida na Rua Nicolau Guirão Perez, no Centro da cidade, e levado às pressas ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Imagens de uma câmera de monitoramento registraram a ação.
A execução foi motivada por ciúmes, uma vez que Jarbas desconfiava do envolvimento de Matheus com a namorada dele, com quem mantém um relacionamento há quatro anos e tem um filho. Entretanto, a polícia verificou que não houve qualquer traição, e que Jarbas fantasiou a situação, que culminou com o crime.
Imagens revelam momentos finais da armadilha que matou atleta de hóquei
Imagens revelam momentos finais da armadilha que matou atleta de hóquei
"Ele [Jarbas] confessou e deu muitos detalhes da ação. Alegou uma motivação passional, disse que a vítima perseguia a companheira dele. Por conta disso, no entendimento dele, ele fez o que fez", explicou o delegado Carlos Schneider. A vítima e a jovem, namorada do policial, eram amigos, segundo a polícia.
Para a emboscada, os investigadores apuraram que o PM criou um perfil em uma rede social e se passou pela jovem. O policial manteve conversas constantes com Matheus, durante seis meses, e finalmente conseguiu convencê-lo de um encontro. O local escolhido era a casa de uma suposta prima, em São Vicente.
Jarbas foi preso pelo próprio comandante da PM, antes de ser levado à delegacia. Contra ele, já havia um processo de exoneração, pois é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas. O motorista que levou o PM até local onde jogador da seleção de hóquei foi morto também foi preso. A arma do crime foi apreendida na quinta-feira (28).
G1
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