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27.7.17

Advogada criminalista é suspeita de contribuir com esquema que chefia tráfico de dentro de presídios na PB

Uma advogada de Campina Grande, de 41 anos, está entre os investigados pela Operação
 Gerônimo, que desarticulou nesta quinta-feira (27) um esquema de organiza o tráfico de drogas
 na Paraíba. Ela atua na área criminalista e já responde processo por facilitar comunicação de
 presos do presídio do Serrotão. A advogada se apresentou na sede da Polícia Federal em 
Cabedelo depois de não ter sido encontrada em seu endereço em Campina Grande.
De acorodo com a Polícia Federal o esquem funcionava a partir do Presídio do Roger, em João Pessoa, e era comandado por um paraibano preso em um presídio federal no Mato Grosso do Sul. Quatorze pessoas foram presas em João Pessoa, Campina Grande, Sapé e Cabedelo e 
uma continua sendo procurada, também na Paraíba. Outros 16 detentos também foram alvos 
de mandados de prisão da operação, mas a PF também não detalhou os presídios em que eles 
estão nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rondônia.
Entre os presos e os outras 19 pessoas que foram alvos de condução coercitiva estão também
 alguns advogados, mas a Polícia não detalhou quantos. Todos eles são supeitos de dar suporte
 na comunicação de dentro para fora dos presídios, junto com familiares dos presos. A operação
 ainda está cumprindo 36 mandados de busca e apreensão.
O presidente da Comissão de Prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Moisés
 Moraes, acompanhou a ação e informou que "a advogada deveria estar sendo um 'braço' dessa organização criminosa, ajudando na movimentação desse tráfico". "Ela possivelmente estaria 
levando informações, passando contatos. Então, infelizmente, usando a profissão da forma 
errada”, disse Moisés Moraes.

Advogada já responde por outro processo

Segundo a OAB, a advogada atua em Campina Grande na área criminalista e já tem um
 processo por ser suspeita de ter entregado chips de operadoras de celulares para um
 presidiário que estava no presídio Raymundo Asfora, conhecido como Serrotão, também em
 Campina Grande. “Já há um processo na OAB para apurar a ética e a disciplina dessa
 profissional e, caso ela seja comprovada, a OAB adotará as providências para banir elas 
dos quadros da OAB”, disse Moisés Moraes.
De acordo com o delegado que há um ano comanda as investigações, Bruno Rodrigues, 
além do tráfico de drogas, o grupo é apontado como responsável por pelo menos três 
homicídios. Os três crimes já foram totalmente esclarecidos, incluindo a identificação de que 
quem mandou, quem executou e como foi feita a execução, segundo ele.

Estrutura organizada

Bruno Rodrigues explica que grupo contava com um conselho deliberativo chamado de
 ‘Torre’, formado por dez membros da quadrilha que estavam dentro e fora de presídios.
 Esse grupo era responsável pela divisão de áreas para comércio de drogas e outros crimes.
 “Tem pessoas que atuam gerenciando o tráfico em vários bairros e cidades, além de
 pessoas associadas que auxiliavam na gestão financeira e na comunicação do grupo”, diz 
o delegado.
O homem apontado como chefe da quadrilha está no sistema penitenciário federal desde
 junho de 2011, quando já era apontado como chefe de uma das principais facções 
criminosas de João Pessoa. Segundo a polícia, ele comandava o tráfico de drogas nos
 bairros São José, Alto do Mateus, Ilha do Bispo, Novais e Mandacaru, além de responder
 a processos por homicídios. Ele foi transferido para o presídio federal do Mato Grosso do Sul,
 onde está até esta quinta-feira, em 2014.

G1PB
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