Era madrugada no momento em que
começaram as explosões na agência do Banco do Brasil do município de
Pilar (PB), a 55 km de João Pessoa. “Foram mais de 40 minutos de tiros e
bombas. Todo mundo ficou assustado, parecia que o chão ia desabar”,
relata a aposentada Maria das Dores Costa, que, desde então, todo mês
precisa se deslocar até o município vizinho para tirar dinheiro e pagar
suas contas.
Uma parte da prefeitura ficou destruída, inclusive muitos documentos, porque funcionava colada à agência da Caixa.
A comerciante Gorete Almeida também
comenta sobre a insegurança. “Vivemos reféns dos bandidos.
Eles chegam
em bandos e tocam o terror na cidade, nem os policiais se arriscam a
enfrentá-los”, diz.
No dia da explosão ao banco, ela se abraçou com os dois filhos e o marido e começou a rezar pedindo proteção para a família.
É esse o clima que os criminosos deixam
por onde passam na maioria dos municípios do interior da Paraíba. Além
de ficar sem banco, a população dessas localidades vive com medo de uma
nova investida.
Neste ano, segundo levantamento do
Sindicato dos Bancários do Estado, foram registrados 101 ataques a
agências bancárias, sendo explosão a modalidade mais recorrente, com 61
casos. Em seguida, o crime mais recorrente é de arrombamento, com 31
ocorrências. O Banco do Brasil é o principal alvo dos ladrões, seguido
do Bradesco.