Três mulheres foram condenadas a mais de duas décadas de prisão,
cada. Menina foi espancada até a morte e teve corpo carbonizado.
Fonte: G1 PB
cada. Menina foi espancada até a morte e teve corpo carbonizado.
![]() |
| Delegados Alba Tânia, Marcos Paulo e Nercília Aguiar e os acusados (Foto: Divulgação/2ªDRPC) |
Foram condenadas a mais de duas décadas de prisão, nesta quinta-feira (5), cada uma das três mulheres envolvidas no assassinato de uma criança de 10 anos, espancada até a morte e queimada com álcool, em Campina Grande. Maria Cristina Vieira dos Santos Martírios (“Bruna Valeska”) foi condenada a 24 anos de reclusão, Maria da Guia Venâncio, 22 e sete meses, e Alzicleide Diniz da Silva, a pena de 22 anos e sete meses.
O crime aconteceu em 2010 e o corpo da vítima foi encontrado próximo à linha do trem que passa perto do 2º Batalhão da Polícia Militar. O julgamento presidido pelo juiz Falkandre de Souza Queiroz, no Tribunal do Júri de Campina Grande, terminou na noite de quinta-feira.
O julgamento do quarto acusado do crime foi desmembrado e deverá ser marcado para abril de 2015, segundo o Ministério Público. A defesa dos acusados está sendo feita pelos advogados Álvaro Gaudêncio Neto, Tadeu Licarião Nogueira e Milton Aurélio.
"Considero este um dos crimes mais bárbaros que eu já tive conhecimento nestes meus 27 anos como promotor de Justiça", disse o promotor Osvaldo Lopes. De acordo com o Ministério Público, a vítima era adotada pelos acusados, que moravam todos na mesma casa, no bairro do São José, em Campina Grande.
Os réus confessaram o crime e disseram que o motivo seria o comportamento da menina. No dia do crime, a vítima estava de castigo, fugiu da punição e comeu um pacote de biscoito escondido. A acusadas apontaram este fato como motivação do crime. A irmã adotiva da menina fugiu da casa após presenciar a morte.
O motivo do crime seria fútil, segundo a delegada Alba Tânia Abrantes, responsável pelo inquérito. "Ela disse que a criança não obedecia, era muito teimosa. Talvez por causa do cárcere privado, ela estava ficando rebelde e a suspeita não estava suportando. Ela confessou tudo, é super fria", comentou a delegada.
O crime foi cometido com requintes de crueldade. Conforme a delegada, a mãe adotiva jogou álcool na criança e ateou fogo nela. As outras três pessoas que moravam na casa também teriam participado do crime ou comprando o álcool ou ajudando na ocultação do corpo. “Todos sabiam que ela ia matar a menina e permitiram”, disse a delegada.
A menina só foi identificada através de exame de DNA feito com a mãe biológica, que notou que a filha não estava mais na companhia da família adotiva.
A menina tinha sido adotada de maneira informal. O crime passou quase dois anos sendo investigado pela Polícia Civil e os acusados foram presos em fevereiro de 2013. O crime foi elucidado porque a irmã adotiva contou o fato, após ficar internada em um abrigo.
A menina tinha sido adotada de maneira informal. O crime passou quase dois anos sendo investigado pela Polícia Civil e os acusados foram presos em fevereiro de 2013. O crime foi elucidado porque a irmã adotiva contou o fato, após ficar internada em um abrigo.
Fonte: G1 PB




