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28.7.21

Caso Adriano Moura: major diz que Polícia Militar e Samu de João Pessoa encontraram apartamento revirado e sinais de luta corporal

 Major Doyle contou que foi alertado de que o cenário encontrado no apartamento era estranho para suicídio, hipótese informada por Flávio. Contudo, a hipótese de suicídio não foi descartada.

O major Doyle informou ao ClickPB que o Samu e a Polícia Militar encontraram o apartamento de Adriano Moura revirado. Ele foi encontrado morto, nesta quarta-feira (28), dentro de sua residência no bairro José Américo, em João Pessoa. O namorado dele, Flávio, estava no local quando a PM chegou e foi detido para prestar esclarecimentos na delegacia.

O major Doyle contou ao ClickPB que foi alertado de que o cenário encontrado no apartamento era estranho para suicídio, hipótese informada por Flávio. Contudo, a versão de suicídio não foi descartada. O namorado relatou aos policiais e ao Samu que recebeu uma videochamada de Adriano, o qual estaria se enforcando enquanto aparecia na câmera, segundo ele.

"Hoje pela manhã ele (Flávio) recebeu uma videochamada da vítima (Adriano) dizendo que iria cometer o suicídio. E, segundo ele, a vítima com o telefone na mão começou a se enforcar, filmando o próprio suicídio. Diante dessa situação, o suspeito ficou desesperado, se dirigiu até o local em um veículo Uber e arrombou a porta. Só que quando ele arrombou a porta, chegou já tarde demais. Foi ele mesmo quem chamou o Samu", explicou o major Doyle.

O major disse que uma primeira equipe policial foi enviada ao local, antes de sua chegada. Essa equipe comandada pelo sargento Juvanício encontrou o Samu no apartamento. Os profissionais de saúde não conseguiram reanimar Adriano, que morreu dentro da própria residência.

Em seguida, o major Doyle esteve no condomínio no bairro José Américo e relatou ao ClickPB o cenário que encontrou. "A porta estava arrombada e, depois, descobri que quem arrombou a porta foi o próprio companheiro do rapaz. Mas o apartamento estava todo revirado. Havia indícios de uso de droga recente, tinha cigarro de maconha pela metade. Tinha marcas de parede, que subentende-se uma luta corporal. O suspeito, namorado da vítima, também estava lesionado. Entendemos, por bem, preservar o local, isolar, deter o suspeito e acionar a perícia e o delegado de Homicídios, para que eles pudessem fazer o trabalho deles e elucidar isso aí."

O próprio Flávio contou à Polícia Militar que as brigas eram constantes. "O suspeito havia dito que tinha tido várias brigas com a vítima, inclusive uma briga ontem. Eles brigavam muito e ontem tiveram uma briga bem violenta."

Ainda de acordo com o major, a equipe de perícia passou bastante tempo no local. O perito da Polícia Civil declarou que ainda não concluiu se houve homicídio ou suicídio. Ele aguarda exames no cadáver de Adriano para verificar algum tipo de lesão interna na parte da garganta e pescoço para que, só a partir daí, possa atribuir a causa da morte.

Em nota enviada ao ClickPB, a Polícia Civil da Paraíba informou "que está aguardando a conclusão de exames necessários e essenciais na investigação. A delegacia que investiga o fato passará informações em momento hábil." O delegado Cláudio, que colheu o depoimento de Flávio na Delegacia de Homicídios, não quis se manifestar sobre o caso.

Por ClickPB

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