Carla Zambelli foi presa na Itália após ser incluída na lista vermelha da Interpol. Deputada é condenada a 10 anos por crimes contra o CNJ.
A deputada federal Carla Zambelli foi presa nesta terça-feira (29) pela polícia de Roma, na Itália, após passar mais de um mês foragida. A prisão ocorreu após a inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da Interpol, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a condenação, ela deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos e, em seguida, à Itália.
A Justiça brasileira solicitou a extradição da deputada em junho. O ministro do STF Alexandre de Moraes acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a inclusão de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol.
Segundo o deputado italiano Angelo Bonelli, ele próprio forneceu à polícia o endereço da parlamentar, que estava hospedada no bairro Aurélio, em Roma. A confirmação da prisão foi divulgada pelo Ministério da Justiça do Brasil.
De acordo com a acusação da PGR, Zambelli articulou um ataque virtual que inseriu decisões judiciais falsas no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão fraudulento contra o próprio ministro Moraes, com trechos irônicos como: “Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”.
O hacker Walter Delgatti Neto, também condenado na ação, recebeu pena de oito anos e três meses de prisão. Ambos foram condenados a pagar solidariamente R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Zambelli também deverá pagar uma multa individual de cerca de R$ 2,1 milhões, enquanto Delgatti foi multado em aproximadamente R$ 520 mil.
Além dessa condenação, Carla Zambelli responde a outro processo no STF, em que é acusada de porte ilegal de arma e constrangimento armado por ter perseguido um homem com uma pistola nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. O julgamento já conta com maioria pela condenação, mas está suspenso após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques.
Por Redação
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