O Centro de Zoonoses de João Pessoa alerta para o aumento de casos de esporotricose,
principalmente na Zona Sul da capital. De acordo com a veterinária Suely Ruth, o número
de casos aumentou 50% desde 2016 e tem atingido principalmente municípios com clima
tropical, já que a doença é causada por um fungo e pode atingir gatos, cachorros e seres
humanos.
O Zoonoses ainda não considera surto, pois ainda não há uma notificação precisa da doença
em João Pessoa. Segundo Suely, o fungo, já existente no solo, sofreu uma adaptação e
passou a acometer também os felinos.
No início do seu surgimento, era conhecida como a doença do jardineiro, pelo contato direto
com o solo. No entanto, com a adaptação, o fungo passou a atingir também os gatos e
cachorros. Se o humano tiver um contato direto com o ferimento do animal contaminado,
também pode contrair a doença.
Nilton Guedes, coordenador do Centro de Zoonoses de João pessoa, explica que a principal preocupação é a fácil contaminação da doença. Além disso, o controle é difícil, porque não
há uma vacina ou medicamento que previne a doença.
Estudos já estão sendo realizados em parceria com o campus de Areia da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), para tentar entender o fenômenos, já que não é um problema
específico da Paraíba e tem atingidos também cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
A Instituição tem o papel de capacitar o Zoonoses e monitorar os casos para repassar para
os agentes o trabalho de controle e vigilância.
G1PB